
BNA Prevê Crescimento de 1,6% no Sector Petrolífero Este Ano • Diário Económico
O sector petrolífero de Angola deverá crescer 1,6% este ano, segundo as previsões do Banco Nacional de Angola (BNA). O crescimento será sustentado pela continuidade dos investimentos na exploração e produção de petróleo, que continua a ser a principal fonte de receitas do país, com as exportações a alcançarem 36,2 mil milhões de dólares em 2024, o que representa 85,6% do total das receitas externas.
Em 2024, o petróleo manteve-se como o principal motor da economia angolana, com uma média de 9,1 mil milhões de dólares em exportações por trimestre, somando no total 36,2 mil milhões de dólares ao longo do ano passado. Estes valores reflectem a importância do sector petrolífero, responsável pela maior parte das receitas de exportação de Angola.
De acordo com o BNA, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Angola para 2025 está estimado em 3,5%, impulsionado principalmente pelo sector não petrolífero, que deverá crescer 4,2%. Este aumento será alimentado por investimentos em áreas como a agricultura, a pecuária e as pescas, além da modernização dos transportes e da logística. O consumo interno e os investimentos públicos, juntamente com o estímulo ao sector privado, também contribuirão para esse crescimento.
“A expansão do consumo e dos investimentos públicos, além do incentivo ao sector privado, são factores cruciais para este crescimento”, acrescentou o BNA.
O petróleo desempenha um papel essencial na estabilização económica de Angola, sendo fundamental para o reforço das reservas internacionais e equilíbrio das contas externas. Com as receitas provenientes do petróleo, o país tem conseguido manter a estabilidade cambial e controlar a inflação. Em finais 2024, a inflação subiu para 27,5%, mas espera-se que esse indicador diminua para cerca de 17% em 2025.
Banco Nacional de Angola
No entanto, existem vários riscos que podem afectar essas previsões. O governador do BNA, Manuel Tiago Dias, alertou para a possibilidade de um declínio na produção interna de petróleo, para a queda dos preços do recurso abaixo das expectativas, para a eliminação dos subsídios aos combustíveis e para os ajustes nos preços administrados. Além disso, um desempenho abaixo do esperado no sector não petrolífero e um choque externo adverso, como uma escassez de produtos alimentares, também são factores de risco.
Dias destacou ainda a importância do sector petrolífero para a economia de Angola, não só pelo impacto no PIB, mas também pela sua influência na política monetária do país. “O sector petrolífero continua a ser um pilar fundamental para a estabilidade e o crescimento económico nacional”, concluiu.
Fonte: Further Africa