BdN Rebate Preocupações do Banco Mundial Sobre a Competitividade do Sector Bancário • Diário Económico

a d v e r t i s e m e n tO Banco da Namíbia (BdN) avançou que o sector bancário local possui um sistema financeiro moderno, sólido e estável, contradizendo as preocupações do Banco Mundial (BM) sobre a falta de competitividade. A afirmação foi feita pelo porta-voz do banco central, Kazembire Zemburuka, após uma declaração do organismo mundial sobre o sector bancário do país, informou o The Namibian.

De acordo com a instituição financeira global, o sector bancário da Namíbia é altamente concentrado, com quatro grandes conglomerados financeiros, três dos quais são filiais de bancos sul-africanos. Estes conglomerados detêm 98% do total dos activos bancários, o que, segundo a instituição internacional, torna o sistema pouco competitivo.

No entanto, Zemburuka defendeu que “a Namíbia tem um sistema financeiro moderno, financeiramente sólido e estável, dada a dimensão da nossa economia”. O porta-voz destacou ainda as várias iniciativas estratégicas do BdN para melhorar o acesso aos serviços financeiros em diversos sectores da economia.

O banco central da Namíbia tem implementado três mecanismos fundamentais para apoiar pequenas empresas: o sistema de garantia de crédito, o programa de orientação e treino e o fundo de capital de risco. Estes esforços visam aumentar o acesso ao financiamento para as pequenas empresas, um dos principais focos da maior instituição financeira do país.

Zemburuka mencionou também a introdução de modelos bancários sem agências e instituições de microfinanciamento, que têm contribuído para expandir o acesso aos serviços financeiros no país. O BdN acredita que estas iniciativas podem ajudar a reduzir a concentração no sector bancário e promover maior inclusão financeira.

O economista independente namibiano Salomo Hei reconheceu que os bancos operam com um forte enfoque na aversão ao risco, o que limita os empréstimos a pequenas e médias empresas (PME). Segundo Hei, tal situação cria um défice de financiamento no sector, dificultando o acesso das PME ao crédito necessário para o seu crescimento.

Em conclusão, o economista propôs a abertura de espaços para preencher esta lacuna de financiamento, ajudando as PME e os empresários a desbloquear valor no mercado inexplorado. Hei destacou ainda que uma grande parte dos contratos públicos passa pelo sector bancário e que as iniciativas que favorecem as PME podem ajudar a resolver este problema.

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