
ANC acusa partidos de querem bloquear a agenda de transformação da África do Sul
O Congresso Nacional Africano (ANC) diz que a Aliança Democrática se não viabilizar o orçamento deste ano, estará a bloquear o programa de transformação em curso na África do Sul.
A Aliança Democrática, que integra o Governo de Unidade Nacional, o EFF, o Unkhonto WeSizwe e o Movimento Africano de Transformação são alguns dos partidos que dizem que vão chumbar a proposta do orçamento, apresentado esta semana.
O Secretário-Geral do ANC, Fikile Mbalula, acusa a Aliança Democrática de pretender obter ganhos políticos ao condicionar a aprovação do orçamento á revisão das leis de expropriação, da educação básica e seguro nacional de saúde.Para Mbalula estas exigências visam bloquear a agenda de transformação da África do Sul:
“Como era de esperar a Aliança Democrática mais uma vez esta a revelar a sua agenda contra a transformação ao se opor a progressiva proposta do orçamento. Esta oposição ao orçamento não é baseada por preocupações legitimas, mas sim movido pelo interesse de minimizar a agenda de transformação, proteger o monopólio do capital branco e fazer recuar os ganhos da democracia conseguidos nas ultimas três décadas. O DA está a usar o processo do orçamento como alavanca para renegociar o seu papel dentro do Governo de Unidade Nacional”, disse.
O orçamento deve ser votado pelo parlamento, até Abril próximo.Vários cenários estão a ser colocados, incluindo a possibilidade de uma crise política, caso o orçamento seja rejeitado:
“Espero que não cheguemos a esse ponto. O orçamento deve ser aprovado. O governo deve aprovar o orçamento para servir as populações. Se não for aprovado seria uma grave crise para o nosso país. Não acho que chegaremos a esse ponto”, afirmou.
Ainda esta quinta-feira, a porta-voz do executivo, Khumbudzo Ntshavheni, revelou que, no inicio deste mês, houve consenso no seio do Governo de Unidade Nacional sobre o aumento do IVA.
Nsthavheni acusou a Aliança Democrática de pretender usar o Orçamento para forçar o governo a rever a legislação com a qual o partido não concorda.
Horas depois das acusações de Ntshavheni, o líder da Aliança Democrática, John Steenhuisen, escreveu nas redes sociais que o seu partido não apoia o que ele chamou de orçamento de IVA do ANC.Acrescentou que o partido quer uma série de grandes reformas que fariam a economia crescer, a criação de empregos e diminuição dos impostos em três anos. (RM Johannesburg)