Alemanha. Organizações patronais pedem medidas para salvar economia

A menos de um mês das eleições legislativas, antecipadas em cerca de sete meses, as federações do comércio, da indústria, do artesanato e do patronato alemães (DIHK, BDI, ZDH e BDA) afirmam, numa carta dirigida ao executivo cessante, liderado por Olaf Scholz (centro-esquerda) que “o reforço da competitividade da economia alemã deve estar no topo da agenda do próximo Governo”.
 
“Não podemos perder mais tempo”, alertam na carta, citada pela agência France-Presse (AFP).
Este apelo surge no dia em que o ministro da Economia, Robert Habeck (Verdes), apresenta a nova previsão de crescimento do produto interno bruto (PIB) para este ano, que deverá ser revista em baixa para 0,3%, contra os 1,1% previstos no outono, segundo a imprensa alemã.
O modelo económico da Alemanha, que se baseia em grande parte nas exportações industriais, está a sofrer com a queda da procura mundial, o aumento dos preços da energia desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022 e a crescente concorrência da China.
A isto junta-se o regresso de Donald Trump à Casa Branca, um “ponto de viragem”, segundo os signatários.
O Presidente norte-americano ameaça aumentar os direitos aduaneiros sobre as importações americanas, o que seria um golpe para a Alemanha, que tem o maior excedente comercial com os Estados Unidos.
Os signatários da carta apelam à Alemanha para que reduza os impostos sobre as empresas e a burocracia e assegure o planeamento energético.
Uma aliança mais alargada de cerca de uma centena de federações patronais e de empresas lança também um alerta hoje, para chamar a atenção para o “declínio” da economia alemã, com manifestações previstas em várias cidades alemãs, incluindo Berlim, Hamburgo e Munique.
O candidato conservador da oposição, Friedrich Merz, favorito nas sondagens para suceder ao chanceler Olaf Scholz, deverá participar na manifestação.
Nos últimos meses, os construtores alemães anunciaram uma série de planos de despedimento, nomeadamente no setor automóvel, o maior empregador do país.
O líder europeu Volkswagen planeia reduzir 35.000 postos de trabalho nas suas fábricas alemãs e está a considerar a possibilidade de deslocalizar parte da produção das suas marcas Porsche e Audi para os Estados Unidos, para contornar o potencial aumento dos direitos aduaneiros norte-americanos, noticiou hoje o diário económico alemão Handelsblatt.
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