África do Sul Quer Atrair Investidores do Médio Oriente Para o Seu Projecto de Infra-Estruturas • Diário Económico

a d v e r t i s e m e n tA África do Sul está a planear a abertura do seu primeiro escritório no estrangeiro para a sua agência de desenvolvimento de infra-estruturas no Médio Oriente, com o objectivo de atrair investidores ricos da região, no sentido de financiar projectos de energia, água e logística.

O gabinete será aberto a título experimental durante dois anos e servirá de plataforma para estabelecer relações com financiadores globais, segundo o ministro sul-africano das Obras Públicas e das Infra-estruturas, Dean Macpherson. O seu departamento está, actualmente, a finalizar o orçamento do escritório e a avaliar os possíveis países anfitriões.

A economia mais industrializada de África precisa de quase de 84 biliões de dólares de investimento do sector público e de mais 3,2 biliões de dólares do sector privado para atingir os seus objectivos de infra-estruturas até 2030. As autoridades estão concentradas em impulsionar a construção para reanimar uma economia que registou um crescimento médio anual inferior a 1% na última década e para restaurar as finanças públicas após anos de corrupção, má gestão e resgates de empresas estatais em dificuldades.

A iniciativa da África do Sul para atrair os Estados do Golfo (Bahrein, Irão, Iraque, Kuwait, Omã, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos) – que estão a utilizar cada vez mais os seus petrodólares (dólares originárias da exportação de petróleo) para expandir a sua influência – surge na sequência de um recuo dos parceiros tradicionais do continente: a China está a reduzir os seus empréstimos, a Europa está a reduzir o seu compromisso e os Estados Unidos estão a voltar-se cada vez mais para o mercado interno. Países como o Quénia e o Zimbabué já assistiram a um aumento do investimento no Médio Oriente nos últimos anos.

“Eles têm todo o dinheiro do mundo, não têm de andar atrás de nós. Nós é que temos de andar atrás deles”, afirmou Macpherson.

Os fundos soberanos do Médio Oriente geram mais de 4 biliões de dólares e estima-se que só as famílias mais ricas dos Emirados Árabes Unidos controlem cerca de 1 bilião de dólares.

Os planos surgem depois de o ministro ter liderado uma delegação no início deste ano ao Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Qatar. Macpherson, acompanhado por representantes da agência de desenvolvimento “Infrastructure South Africa”, apresentou potenciais oportunidades de financiamento a fundos de investimento, entidades estatais e ministérios governamentais. Entre os projectos emblemáticos apresentados, conta-se um empreendimento conjunto de infra-estruturas hídricas no valor de 2,3 mil milhões de dólares com o vizinho Lesoto.

Macpherson, membro da Aliança Democrática (o segundo maior partido político sul-africano), foi nomeado em Junho, na sequência da formação de um Governo de unidade nacional, depois das eleições de Maio não terem conseguido um vencedor claro. No entanto, o futuro da coligação permanece incerto devido a uma prolongada disputa sobre o orçamento nacional. O impasse político levou os líderes empresariais a exercer pressão sobre o Congresso Nacional Africano e sobre a Assembleia Legislativa para que resolvam as suas divergências e preservem a coligação.

Fonte: Bloomberg

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