O Absa Bank Moçambique, subsidiária do grupo sul-africano Absa e um dos cinco maiores bancos do País, registou uma queda de cerca de 50% nos lucros no primeiro semestre deste ano, fixando-se em 844,3 milhões de meticais (13,2 milhões de dólares).
No mesmo período de 2024, o banco havia alcançado um resultado líquido de 1,7 mil milhões de meticais (26,8 milhões de dólares), pelo que a redução homóloga em 2025 representou praticamente metade dos ganhos.
O activo total do Absa em Moçambique cresceu no primeiro semestre para 95,7 mil milhões de meticais (1,5 mil milhões de dólares), incluindo 30,9 mil milhões de meticais (484,6 milhões de dólares) em empréstimos e adiantamentos a outros bancos — quase o triplo em relação a Dezembro de 2024. Já o crédito a clientes recuou para 26,8 mil milhões de meticais (420,2 milhões de dólares).
O passivo total aumentou para 83,6 mil milhões de meticais (1,3 mil milhões de dólares), dos quais 76,2 mil milhões de meticais (1,1 mil milhões de dólares) correspondem a depósitos de clientes. O capital próprio também subiu, fixando-se em 12,1 mil milhões de meticais (189,6 milhões de dólares).
Em 2024, o banco tinha alcançado lucros recorde de 1,8 mil milhões de meticais (29 milhões de dólares), uma subida de 14% face ao ano anterior, quando já tinha registado um crescimento de 59%, para 1,6 mil milhões de meticais (25,4 milhões de dólares).
No final de 2024, a quota de mercado do Absa no crédito a clientes subiu 0,8 pontos percentuais, para 10,3%, com um montante líquido de 28,3 mil milhões de meticais (443 milhões de dólares). Nos depósitos, a quota cresceu 0,6 pontos percentuais, para 9,3%, totalizando 69,1 mil milhões de meticais (1,08 mil milhões de dólares), uma expansão de 25% num ano.
O Absa encerrou 2024 com 5,3% do crédito total em situação de incumprimento, contra 7,9% em 2023. O produto bancário cresceu 10%, para 8,5 mil milhões de meticais (134 milhões de dólares). Nessa altura, o banco operava com 48 agências e 709 trabalhadores.
O capital social do Absa Bank Moçambique é 98,6% detido pelo grupo sul-africano Absa, sendo os restantes 1,3% distribuídos por accionistas minoritários, incluindo colaboradores.
Fonte: Lusa