De acordo com meios de comunicação norte-americanos, a decisão foi tomada na quarta-feira por um júri num tribunal federal de San Francisco, no estado da Califórnia, no sudoeste do país. O júri declarou o gigante da Internet culpado de invasão de privacidade por continuar a recolher dados privados destes utilizadores, mesmo tendo desativado esta configuração. Esta decisão surgiu horas depois de também a autoridade francesa de proteção da vida privada na internet, a Comissão Nacional de Informática e Liberdades (CNIL), ter aplicado uma multa recorde de 325 milhões de euros à Google por desrespeito da legislação sobre ‘cookies’. Estes rastreadores, essenciais para a publicidade online e integrados no modelo de negócio de numerosas plataformas, são objeto desde há anos de um controlo reforçado pelas autoridades francesas. A Google foi também sancionada por desrespeito da lei em matéria de publicidade. Um juiz federal dos Estados Unidos (EUA) ordenou terça-feira uma reformulação do motor de pesquisa da empresa Google, noticiou hoje a Associated Press (AP). Lusa | 07:38 – 03/09/2025 Ao mesmo tempo, a CNIL aplicou uma multa de 150 milhões de euros ao conglomerado asiático do pronto-a-vestir Shein, também por desrespeito da legislação sobre ‘cookies’. “Estamos a estudar o conteúdo da decisão”, defendendo que “os utilizadores tiveram sempre a possibilidade de controlar os anúncios que veem nos produtos” e que já foram feitas atualizações “para responder às preocupações da CNIL”, afirmou um porta-voz da Google. A Google faltou às obrigações de obter o consentimento livre e esclarecido dos internautas antes de recolherem ‘cookies’ publicitários. Estes dispositivos, que seguem a atividade dos internautas para efetuar o enquadramento publicitário dos utilizadores da internet, são estritamente enquadradas pela lei. As duas multas anunciadas na quarta-feira inscrevem-se “na estratégia global da colocação em conformidade iniciada pela CNIL desde há mais de cinco anos em matéria de rastreadores, que visa nomeadamente os atores dos ‘sites’ e serviços com frequência elevada”, sublinhou a comissão. Quanto à Google, esta é a terceira vez que a Google é alvo de uma sanção da CNIL, relacionada com ‘cookies’. Em comunicado, a autoridade realçou a “negligência” do grupo, atingido em 2020 por uma multa de 100 milhões de euros e em 2021 por outra de 150 milhões. A Shein e a Google têm quatro meses para recorrer da decisão. Leia Também: Google vai integrar IA do Gemini em produtos para a sua casa

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