a d v e r t i s e m e n tMoçambique foi oficialmente retirado da lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), num reconhecimento internacional dos esforços desenvolvidos pelo País na melhoria dos mecanismos de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo. A decisão foi anunciada na sexta-feira (24), colocando Moçambique ao lado da África do Sul, Nigéria e Burkina Faso, que também deixaram de constar da lista de jurisdições sob monitoria reforçada.
De acordo com o portal Engineering News, a saída da lista representa um marco importante para o sistema financeiro moçambicano, sinalizando aos mercados internacionais que o País tem vindo a reforçar o seu quadro legal e institucional em matéria de transparência e integridade financeira.
Embora o GAFI não tenha divulgado publicamente os detalhes específicos das reformas realizadas por cada país, a decisão implica que Moçambique cumpriu um conjunto de acções correctivas exigidas, demonstrando progresso efectivo e sustentável.a d v e r t i s e m e n t
O estatuto de jurisdição sob vigilância havia sido imposto a Moçambique devido a deficiências estratégicas identificadas nos mecanismos de supervisão financeira, investigação criminal e cooperação interinstitucional.
A permanência nesta lista acarreta, em regra, um maior escrutínio sobre transacções financeiras transfronteiriças, exigências adicionais de diligência pelas instituições bancárias e, potencialmente, impacto negativo sobre o investimento directo estrangeiro.
A retirada de Moçambique da lista cinzenta surge após um processo de reformas que, segundo analistas internacionais, incluiu medidas de reforço à capacidade de supervisão do sistema financeiro, melhorias na cooperação entre entidades reguladoras e judiciais e maior rigor nos processos de identificação e reporte de operações suspeitas.
O reconhecimento do GAFI ocorre num contexto regional em que vários países da África Austral têm enfrentado desafios relacionados com crimes económicos e fluxos ilícitos de capitais. A decisão de remover Moçambique da lista cinzenta deverá contribuir para a redução de custos operacionais no sector bancário, melhorar a reputação internacional do país e aumentar a confiança dos investidores.
Apesar dos avanços, o GAFI sublinha que os progressos alcançados devem ser mantidos e aprofundados, recomendando que Moçambique continue a fortalecer as suas instituições de controlo e justiça, assegurando a eficácia duradoura dos mecanismos de prevenção e combate aos crimes financeiros.

