advertisemen tA França disponibilizou 116 mil dólares (cerca de 7,3 milhões de meticais) para apoiar uma plataforma destinada a melhorar o acesso à água e promover meios de subsistência alternativos à pesca. A iniciativa vai beneficiar aproximadamente 14,8 mil pessoas na província de Nampula, no norte de Moçambique, e tem como objectivo reforçar a capacidade das comunidades costeiras para se adaptarem às mudanças ambientais e económicas. De acordo com um comunicado da Associação de Desenvolvimento Popular (ADPP) Moçambique, uma das cinco organizações envolvidas, “o objectivo final é ajudar as comunidades costeiras a adaptarem-se à vida numa área marinha protegida”. O projecto insere-se nas acções de conservação que procuram conciliar a protecção ambiental com o desenvolvimento económico local. O programa, denominado “Blue Future” (Futuro Azul), pretende também fortalecer a resiliência dos ecossistemas costeiros, fundamentais para a sobrevivência das comunidades pesqueiras. “As intervenções abrangem ecossistemas críticos, como mangais, ervas marinhas e recifes de coral, beneficiando directamente cerca de 14,8 mil pessoas através da promoção da pesca sustentável e da diversificação das fontes de rendimento”, acrescenta o comunicado.advertisement O Futuro Azul é implementado por um consórcio composto pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM), pela Associação do Ambiente, pelo Departamento de Ciências Biológicas da UEM, pelo Fundo de Desenvolvimento da Economia Azul (ProAzul), pela ADPP e pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade, liderada pela Wildlife Conservation Society (WCS). A pesca artesanal continua a ser a principal forma de produção pesqueira em Moçambique, envolvendo cerca de 400 mil pessoas e mais de 42 mil embarcações em águas interiores e marítimas, segundo o censo de 2022. Esta actividade é essencial para o sustento das famílias costeiras, mas enfrenta desafios crescentes devido à sobre-exploração e às alterações climáticas. Para além do apoio francês, a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento e a ProAzul, instituição pública responsável pela coordenação e promoção da economia azul no País, estão a mobilizar 450 milhões de meticais (cerca de 7 milhões de dólares) para o desenvolvimento sustentável da economia azul moçambicana. Este financiamento reforça o compromisso internacional com o uso responsável dos recursos marinhos e com a preservação ambiental. “Os principais objectivos da parceria incluem a activação do Observatório e do Conselho da Economia Azul, o reforço dos mecanismos financeiros e a melhoria da comunicação e da capacidade institucional da ProAzul”, indicou o Fundo Moçambicano para a Economia Azul num comunicado. A cooperação entre parceiros nacionais e internacionais representa um passo importante para garantir um futuro mais sustentável às comunidades costeiras de Moçambique. Fonte: Lusa

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