
O encerramento deve-se ao facto do grupo violar as normas contra a exploração sexual de adultos da rede social, conforme explicou à agência EFE um porta-voz da Meta, empresa que detém o Facebook. “Não é permitido conteúdos que promovam violência, abusos ou exploração sexual. Se tornarmos conhecimento de conteúdo que incitem à violação, podemos desativar os grupos e as contas que os publicam e compartilhar os seus dados com as autoridades policiais”, referiu o porta-vos, citado pela agência noticiosa. O grupo público em causa chamava-se “Mia Moglie” (minha esposa, em português), acumulando 31.885 membros desde a sua criação há sete anos. Neste grupo eram publicadas fotografias de mulheres em momentos íntimos captadas sem o seu consentimento, algumas inclusive geradas com Inteligência Artificial (IA). A decisão da Meta surgiu depois de uma denúncia no Instagram da escritora e ativista Carolina Carpia e da organização “No justice no peace”. A ativista tomou conhecimento da existência “de um grupo no Facebook com 32.000 utilizadores, no qual alguns dos seus membros trocam fotos íntimas das suas próprias mulheres para comentar a sua aparência e dar voz às suas fantasias sexuais. As mulheres, que muitas vezes não sabem que estão a ser fotografadas, eram submetidas a uma violação virtual”, escreveu Carolina Carpia na rede social, citada pela EFE. O escândalo teve lugar na China e diz respeito a um grupo que partilhou conteúdos pornográficos não consensuais com centenas de milhares de utilizadores. Alguns deles chegaram a partilhar na Telegram imagens e vídeos de familiares do sexo feminino e também de atuais e ex-namoradas. Miguel Patinha Dias com Lusa | 22:32 – 29/07/2025 A sua publicação tornou-se viral em Itália e desencadeou inúmeras denúncias por parte de utilizadores do Facebook, bem como associações e partidos políticos, obrigando a Meta a encerrá-lo. O Partido Democrata, o principal partido da oposição italiana, apoiou estas denúncias e exigiu o fim da “tolerância ao sexismo e à violência contra as mulheres na rede social”. A principal associação de consumidores do país, Codacons, ameaçou a Meta com uma denúncia se não fechasse o grupo no prazo de cinco dias, considerando a sua existência “simplesmente intolerável”. Leia Também: Vídeos do Facebook e Instagram podem agora ser traduzidos com IA

