advertisemen tO Governo fez saber que reconhece os constrangimentos existentes para a importação de bens essenciais, devido à escassez de divisas, mas garante que essa fluidez vai aumentar em 500 milhões de dólares. “O objectivo é aumentar o limite mínimo de conversão de receitas de exportação de 30% para 50% e aumentar a fluidez de divisas dos exportadores para importadores em cerca de 500 milhões de dólares adicionais por ano”, esclarece o Plano de Recuperação e Crescimento Económico (Prece), salientando que se pretende ainda mobilizar 2,7 mil milhões de dólares a curto e médio prazo para estimular a economia, nomeadamente face aos efeitos das alterações climáticas e da instabilidade política. Aprovado a 16 de Setembro em Conselho de Ministros, o documento salienta que entre 2021-23 as vendas de divisas dos bancos comerciais ao público superavam as suas compras. “Em média, diariamente, os bancos vendiam 31,2 milhões de dólares e compravam dos clientes 28,9 milhões de dólares.”advertisement Contudo, descreve, “a situação mudou de 2024 para 2025, com as vendas de divisas pelos bancos a caírem cerca de 18%, enquanto as compras aumentaram 6%, absorvendo assim, em termos líquidos, do mercado, 4,8 milhões de dólares diários, causando desequilíbrios.” No Prece, o Governo assume a meta de incentivar os grandes projectos, essencialmente no sector das minas e gás, a repatriar receitas de exportação. “A taxa de cobertura de exportações está estimada em 87%. Com este nível de cobertura, Moçambique não deveria experimentar as prolongadas dificuldades de acesso à moeda estrangeira para cobrir importações essenciais.” Acrescenta que actualmente, segundo os dados do Banco de Moçambique, “66% das exportações de Moçambique estão sob alçada do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, seguindo-se a indústria transformadora, pelo Ministério da Economia, com 17%, e depois o Ministério de Agricultura, Ambiente e Pescas, com os produtos agrícolas, que controla 7%, além dos restantes 10% distribuídos em diversas áreas.” “Estes três ministérios têm o papel de reunir com os seus exportadores sectoriais para analisar caso a caso e perceber como tem sido tratada a receita de exportação. Para os casos de prevaricação, deverão ser instados a repatriar a receita para o mercado moçambicano. Esta medida, em pouco tempo, poderia contribuir para o restabelecimento normal da fluidez de divisas”, aponta. Em Abril, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) apelou ao Banco de Moçambique para acelerar a implementação de medidas que visam conter a escassez de divisas no País, alertando que a situação está a comprometer o abastecimento de combustíveis nos principais centros urbanos.advertisement
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