Um estudante alemão desenvolveu o Aquilo, um dispositivo de refrigeração portátil que funciona com apenas 1,5 W. A tecnologia baseia-se no arrefecimento por evaporação, utilizando tecido humedecido e uma ventoinha de baixa potência. O aparelho não é apenas uma alternativa acessível, mas também uma opção sustentável para pessoas que vivem em áreas quentes com recursos limitados. Ao contrário dos sistemas de ar condicionado tradicionais, que refrigeram salas inteiras, o Aquilo oferece um arrefecimento direccionado e eficiente. O dispositivo é ideal para utilização perto da cama, sobre a mesa ou em áreas comuns, reduzindo o impacto ambiental e promovendo a economia de energia. Especialmente útil em períodos de calor extremo, é perfeitamente adequado para ambientes urbanos densos ou locais sem acesso a sistemas modernos. Na parte superior do Aquilo, um ventilador axial de baixa tensão, semelhante aos utilizados em computadores, aspira o ar quente e direcciona-o para um tecido tridimensional embebido em água. Este tecido, por sua vez, está ligado a um reservatório que o mantém constantemente húmido por meio de anéis metálicos rotativos.advertisement Quando o ar quente passa pelo tecido molhado, perde calor devido à evaporação, saindo até 4 °C mais frio. Com um consumo de energia de apenas 1,5 W, o dispositivo pode funcionar com pequenos painéis solares, baterias portáteis ou sistemas auto-suficientes fora da rede. Além disso, o design dobrável do Aquilo facilita o transporte, enquanto o seu funcionamento não contribui para o efeito de ilha de calor urbana. O desenvolvimento do Aquilo começou com testes iniciais numa caixa aquecida a 30 °C. Vários tecidos, recipientes e fluxos de ar foram testados até que uma malha tridimensional foi escolhida por reter água de forma eficaz e ser fácil de limpar e substituir. Este material provou ser mais durável do que opções como recipientes de barro, que tendem a degradar-se. Embora o arrefecimento por evaporação remonte a civilizações antigas, como o Irão e o Egipto, o Aquilo não procura competir com o poder do ar condicionado tradicional Um dos desafios enfrentados foi criar um mecanismo que distribuísse a água uniformemente sem gerar sujidade. A solução foi um sistema de alças giratórias, que garantem eficiência e praticidade. O projecto Aquilo seguiu três princípios básicos: simplicidade, usabilidade e sustentabilidade, priorizando materiais recicláveis ​​e processos reutilizáveis, diferindo de outros sistemas de ar condicionado em vários aspectos: Baixo consumo de energia: enquanto os aparelhos de ar condicionado são responsáveis ​​por cerca de 10% do consumo global de electricidade, o Aquilo opera com menos de 2 W. Design reparável e reciclável: todas as peças do dispositivo podem ser desmontadas, substituídas ou reutilizadas. Produção sustentável: o sistema não utiliza gases refrigerantes nocivos, plásticos descartáveis ​​nem depende da obsolescência programada. Interacção intuitiva: o acto de direccionar o dispositivo para a água resulta numa experiência consciente para o utilizador. Higiene e saúde: o tecido é lavável e substituível, evitando o aparecimento de bolor e alérgenos. Além disso, ao concentrar-se em “microclimas pessoais”, o Aquilo evita o desperdício de energia que acompanha o arrefecimento de grandes espaços. O projecto continua a evoluir, com protótipos a serem testados em diferentes climas. O objectivo é aumentar a eficiência térmica, simplificar o uso e adaptar o Aquilo para produção local em grande escala. Há também interesse em aplicar a tecnologia em contextos humanitários, como campos de refugiados e alojamentos temporários. A produção descentralizada, através de FabLabs ou makerspaces, permitiria que comunidades vulneráveis ​​tivessem acesso à tecnologia sem depender de cadeias de abastecimento globais. Embora o arrefecimento por evaporação remonte a civilizações antigas, como o Irão e o Egipto, o Aquilo não procura competir com o poder do ar condicionado tradicional. O foco é oferecer uma solução viável e de baixo impacto em contextos onde o uso do ar condicionado não é prático ou sustentável. Ao contrário dos sistemas portáteis comuns, o dispositivo funciona eficientemente em climas secos e pode ser vital em situações de calor extremo, especialmente em casas precárias sem isolamento térmico.

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