A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) anunciou que pelo menos 40 empresários moçambicanos vão visitar a China este mês com o objectivo de estreitar relações empresariais e procurar oportunidades de negócios nas áreas da energia às minas. “Vamos à China de 27 a 28 deste mês. Temos uma delegação de 40 empresários com interesse em estreitar e fortalecer as relações entre os dois países”, disse o presidente da CTA, Álvaro Massingue, em declarações à imprensa, à margem do encontro com empresários chineses, que decorreu em Maputo. Segundo Massingue, o encontro entre os empresários moçambicanos e chineses serviu para expor oportunidades de negócio existentes em Moçambique abertas ao investimento chinês, salientando que é importante convencer os chineses a olharem mais para o sector privado nacional e fazerem negócios com entidades locais. “Temos visto que o grande enfoque das empresas chinesas é fazer negócios com o Governo. Temos de ‘puxá-los’ também para fazer negócios directamente com o sector privado, porque é daí que vão surgir oportunidades de emprego, aumentar a renda e onde o Estado poderá retirar impostos”, sublinhou Massingue. As exportações de Moçambique para a China subiram 12,2% nos primeiros cinco meses de 2025, atingindo 45,7 mil milhões de meticais (720 milhões de dólares), segundo dados divulgados na quinta-feira, 26 de Junho, pelos Serviços de Alfândega da China. De acordo com os números, o País destacou-se como uma das raras excepções positivas entre os Estados de língua portuguesa, num contexto de queda acentuada das vendas para o mercado chinês. No total, os países lusófonos exportaram 3 biliões de meticais (47,6 mil milhões de dólares) para a China entre Janeiro e Maio, o que representa uma descida de 18,5% face ao mesmo período de 2024. Este é o valor mais baixo para os primeiros cinco meses do ano desde 2020, quando a pandemia de covid-19 afectou o comércio global.