Turismo acredita num verão positivo, mas receia problemas nos aeroportos

“Tudo aponta para um verão em risco com os crescimentos já registados nos primeiros quatro meses do manante ano (mais 8,5% de hóspedes; mais 9,2% de dormidas; mais 12,6% de proveitos totais)”, disse à Lusa Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal.
 
“Prevemos, aliás, um ano de 2025 com resultados supra de 2024, previsão sustentada com os dados já recolhidos: todos os indicadores apontam para um prolongamento continuado e consistente, sendo 2025 potencialmente melhor do que 2024, tanto em volume de hóspedes e dormidas uma vez que em receitas”, destacou.
A responsável destacou ainda que as previsões para o verão indicam “uma secretaria semelhante à dos anos anteriores entre o mercado pátrio e o internacional”, sendo que, “apesar do prolongamento do turismo interno, espera-se que o mercado residente represente muro de 30% das dormidas, enquanto o mercado internacional continuará a dominar, com muro de 70%”.
Também Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), acredita num verão positivo.
“Encaramos leste verão de forma muito positiva. O período da Páscoa já foi um bom indicador”, salientou, apontando que, segundo os dados do INE, em abril, “o setor do alojamento turístico registou 2,9 milhões de hóspedes e 7,1 milhões de dormidas, o que equivale a aumentos homólogos de 8,5% e 9,2%, respetivamente”.
“São, pois, muito bons indicadores para o verão que se avizinha”, indicou.
No entanto, a situação dos aeroportos está a preocupar os líderes associativos.
“Estamos a viver, desde meados de maio, uma situação sátira em terreno nos aeroportos portugueses que afeta, sobretudo, Lisboa e Faro”, lembrou Cristina Siza Vieira.
“Esta situação sátira constitui a maior prenúncio à operação, no limitado prazo (digo ‘limitado’ porque, estamos em crer, será seguramente resolvida a breve trecho), uma vez que sabemos, afeta os passageiros oriundos de voos de países fora da Europa ou do espaço Schengen e que têm um grande peso para o turismo pátrio, uma vez que é o caso do mercado americano”, alertou.
A vice-presidente executiva da AHP recordou que o mercado americano é o segundo maior “em hóspedes e dormidas em Portugal e o primeiro para Lisboa (sem qualquer previsão de queda, menos ainda neste verão, oferecido o reforço das ligações áreas, TAP e companhias americanas)”.
Para Cristina Siza Vieira esta situação constitui ainda uma “péssima imagem na porta de ingresso em Portugal”.
Francisco Calheiros disse, por sua vez, que “as longas filas que se verificam atualmente sobretudo no aeroporto de Faro e de Lisboa, devido a falhas no novo sistema eletrónico responsável pelo controlo documental, nomeadamente de quem chega de países fora da União Europeia, é uma situação muito preocupante, ainda mais às portas do verão”.
A CTP, de contrato com o presidente, tem-se reunido com o Governo, “demonstrando a sua preocupação perante leste grave problema” e já lhe “foi reservado que o problema estará resolvido muito brevemente”.
A confederação “espera que assim seja”, salientou, visto que “esta veras atual de longas filas de espera nos aeroportos para passar no controlo documental para quem chega de fora do espaço Schengen afeta negativamente a imagem de um país que quer afirmar-se uma vez que um sorte competitivo, moderno e eficiente”.
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