Prejuízos da estatal Aeroportos de Moçambique duplicaram em 2024

De concordância com o documento, a Aeroportos de Moçambique já tinha registado prejuízos de 849,5 milhões de meticais (11,5 milhões de euros) em 2023, que assim voltaram a crescer 80,3% num ano. Em 2022, registou prejuízos de 820,5 milhões de meticais (11,2 milhões de euros) e em 2021 um resultado líquido também negativo portanto de 215,6 milhões de meticais (2,9 milhões de euros).
 
“O ano de 2024 foi bastante reptante para o setor da aviação. No último trimestre de 2024, o país foi assolado por uma vaga de manifestações violentas que culminaram com a ruína de infraestruturas públicas e privadas”, aponta o relatório, sublinhando que nascente cenário “afetou drasticamente o setor”, face às “restrições impostas à mobilidade das pessoas e bens no país e consequente cancelamento de voos”.
Ainda assim, refere a empresa no documento, o tráfico alheado de passageiros cresceu 4,16% face a 2023, para 2.055.435, e o movimento de aeronaves aumentou 1,5%, para 61.182. Antes da pandemia de covid-19 foram transportados em Moçambique, em 2019, 2.296.370 passageiros, com 70.602 movimentos de aeronaves.
Leste prolongamento em 2024 é explicado pela Aeroportos de Moçambique com o desempenho da companhia pátrio LAM, que responde por 64% dos passageiros e que nesse ano superou os valores de 2023, mas “também o pico histórico observado em 2019”.
Acrescenta que entre as companhias aéreas que operam em Moçambique, a Qatar Airways destacou-se em 2024, com o peso de 5% do totalidade de passageiros transportados, “não obstante as manifestações pós-eleitorais que se verificaram no quatro trimestre do ano”, em que “conseguiu prometer os seus voos regulares” para o país.
Entre as companhias aéreas regionais, o principal destaque, segundo a empresa, vai para a Airlink, da África do Sul, que transportou 10% do totalidade de passageiros em Moçambique em 2024.
O volume de negócios da Aeroportos de Moçambique, que contava em dezembro de 2024 com 830 trabalhadores, cresceu 6% nesse ano, para 3.016 milhões de meticais (41 milhões de euros), sendo 43% resultante da cobrança da Taxa de Passageiro, segundo o relatório e contas.
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