
Polícia Dispara Contra Caravana de Venâncio Mondlane e Fere um Membro da Comitiva • Diário Económico
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Um membro da caravana do ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane ficou ferido após disparos da polícia. O incidente aconteceu no bairro de Hulene, ao longo da avenida Julius Nyerere, quando a comitiva seguia em direcção à Praça dos Combatentes, partindo da Praça da Juventude, no bairro Magoanine, na cidade de Maputo.
“Surpreendemo-nos quando um grupo da polícia fortemente armado começou a disparar directamente contra a viatura onde estava Venâncio Mondlane. Foi lançado gás lacrimogéneo, alguns explosivos, balas verdadeiras direccionadas e tivemos que sair em fuga, porque o cenário não estava agradável”, relatou Abdul Nariz, da equipa de comunicação de Mondlane, citado pela Lusa.
A polícia posicionou-se em todas as principais vias e avenidas que dão acesso ao Centro de Conferências Joaquim Chissano, local onde foi assinado, nesta quarta-feira (5), o acordo político entre o chefe do Estado, Daniel Chapo, e os dirigentes dos partidos políticos, no âmbito do diálogo em curso.
Numa comunicação, o ex-candidato presidencial classificou como um acordo “sem povo” o entendimento político a ser assinado, prometendo protestos diários por cinco anos. “É um acordo em nome do povo, mas de pessoas sem povo. Então o que vão assinar é uma espécie de um papel”.
O político acrescentou ainda: “Queremos anunciar que deste ano 2025 até 2030 teremos manifestações todos os dias. Se não fizerem o que o povo quer, não vão governar em Moçambique”.
Este acto é o culminar dos vários encontros de negociação que aconteceram entre o Executivo e os demais partidos políticos com assento no Parlamento, nomeadamente o Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), bem com os extra-parlamentares, com destaque para a Nova Democracia.
Os diálogos foram desencadeados pelo antigo Presidente Filipe Nyusi, para travar as manifestações gerais convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, em protesto aos resultados das eleições de 9 de Outubro, cujo vencedor foi o candidato da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Daniel Chapo.a d v e r t i s e m e n t