“Mais de 200 Empreendimentos Turísticos Começaram a Funcionar em 2024” • Diário Económico

Dados da execução orçamental de Janeiro a Dezembro de 2024 apontam que 208 empreendimentos do sector turístico entraram em funcionamento em Moçambique no ano passado, apesar da quebra no sector devido à tensão pós-eleitoral que se faz sentir em todo o País desde Outubro, informou a Lusa, esta segunda-feira, 24 de Fevereiro.

No sector do turismo “entraram em funcionamento 208 empreendimentos, dos quais 68 de alojamento”, lê-se no documento. O levantamento do Governo aponta ainda para 108 estabelecimentos de restauração e bebidas e 32 agências de viagens, mas acrescenta que, para “melhorar a prestação de serviços no ramo da hotelaria e turismo”, foram formados 1231 profissionais nas áreas operacionais.

Além disso, para “aumentar o aparecimento de micro, pequenas e médias empresas” no sector, o Estado financiou seis projectos, no valor de 5,5 milhões de meticais, nas províncias da Zambézia, Tete e Gaza, bem como na cidade de Maputo. Este investimento foi feito essencialmente nos três primeiros trimestres de 2024, seguindo-se um período de forte agitação social na sequência das eleições gerais de 9 de Outubro.

No final de Dezembro, os empresários moçambicanos estimaram que o turismo tinha perdido pelo menos 500 milhões de meticais, com o cancelamento de reservas turísticas devido aos protestos pós-eleitorais durante o Natal e a passagem de ano.

“Está estimado em quase 500 milhões de meticais porque acontece em plena época alta do turismo em Moçambique – o Verão e a época festiva”, afirmou na altura, Muhammad Abdullah, chefe do departamento de Hotelaria, Restauração e Turismo da Confederação das Associações Económicas (CTA).

A causa apontada são as manifestações e paralisações no País, que, de forma generalizada, acontecem desde 21 de Outubro e que já provocaram também mais de 300 mortos e 750 pessoas baleadas, além de barricadas, saques, destruição de empresas e equipamentos públicos e ainda confrontos violentos com a polícia.

Abdullah declarou, em Dezembro, que o impacto dos protestos no sector do turismo se fazia sentir em todas as províncias do País, destacando o cancelamento de reservas, sobretudo em Maputo, onde estabelecimentos fecharam, com repercussões na imagem de Moçambique no exterior.

“Este é o nosso maior medo, a repercussão que esta situação que está a ser divulgada pela comunicação social internacional irá criar, com prejuízo na imagem do turismo do nosso país. São as ditas sequelas para o sector e para a economia no geral”, acrescentou, indicando que a CTA vai apostar no marketing digital para “recuperar a imagem” de Moçambique.

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