
LAM Esclarece Que Não Assume Total Responsabilidade Por Assistência em Voos Cancelados Devido ao Clima • Diário Económico
A empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) esclareceu que, em casos de cancelamento de voos devido a condições meteorológicas adversas, a responsabilidade pela assistência aos passageiros deve ser partilhada. A posição foi manifestada pelo administrador técnico e operacional da companhia, Bruno Miranda, em reacção a reclamações de passageiros sobre a falta de apoio após um cancelamento recente.
O último caso reportado ocorreu no domingo (16), envolvendo um voo na rota Chimoio-Beira-Maputo, que foi cancelado devido à falta de condições para aterragem. Alguns passageiros manifestaram descontentamento, alegando ausência de assistência por parte da companhia, nomeadamente em questões como hospedagem e alimentação.
Bruno Miranda explicou que, embora a LAM tenha a obrigação de garantir que os passageiros cheguem ao destino, a empresa também é afectada pelas condições meteorológicas, não podendo assumir, de forma integral, todos os encargos.
“Neste caso de cancelamento por mau tempo, a companhia procura prestar a melhor assistência possível ao passageiro. No entanto, a nossa responsabilidade legal limita-se a garantir que ele chegue ao destino. Também fomos afectados pelas condições meteorológicas, que estão fora do nosso controlo. Assim, embora tenhamos sempre alguma responsabilidade, trata-se de uma situação que exige um esforço partilhado”, afirmou.
Segundo o administrador, o cancelamento do voo deveu-se à ausência de referências visuais para a aterragem em Chimoio, o que levou o piloto a optar por uma alternativa operacional.
“Houve uma boa planificação, mas, ao aproximar-se de Chimoio, o piloto não conseguiu estabelecer referências visuais com o aeródromo, o que impossibilitou uma aterragem segura. Nessa situação, o procedimento previsto é desviar o voo para o aeroporto alternativo”, explicou.
A LAM informou ainda que estão a ser implementadas medidas para minimizar os cancelamentos e melhorar a comunicação com os passageiros.
“É exactamente este tipo de problema que viemos para resolver. Existe sim uma estratégia de comunicação, sempre existiu. Neste momento, estamos a rever pontos que possam criar falhas e a melhorar o processo de comunicação para torná-lo mais abrangente”, destacou.
A companhia opera actualmente com quatro aeronaves, número que, segundo a administração, não é suficiente para responder à procura. Para uma operação mais eficiente, a LAM estima a necessidade de pelo menos mais oito aviões.
O voo cancelado no domingo foi retomado na manhã desta segunda-feira, tendo partido de Maputo para Manica, já se encontrando no destino.
Fonte: O País