Governo Quer Que a Polícia Reforce o Combate a Raptos e Branqueamento de Capitais • Diário Económico

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O ministro do Interior apelou esta quarta-feira, 19 de Março, ao Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) para intensificar o combate aos crimes de rapto, branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, e que acelere a criação de uma nova unidade destinada à prevenção criminal.

“O Sernic é desafiado a imprimir maior dinâmica na prevenção, combate e investigação do crime organizado e transnacional, com especial foco nos crimes de rapto, que têm alimentado um sentimento crescente de insegurança e impunidade no País”, afirmou Paulo Chachine, após a posse de novos dirigentes daquele organismo.

O governante, citado pela Lusa, sublinhou a urgência em dar resposta a esses crimes, principalmente os raptos, que têm vindo a desafiar a capacidade do Estado de prevenir e investigar eficazmente. Estes crimes representam não só uma preocupação crescente para as famílias, como também afectam negativamente a economia nacional.

“Esperamos, igualmente, que sejam adoptadas medidas rigorosas na luta contra os crimes de branqueamento de capitais, financiamento ao terrorismo e delitos conexos, através de uma aplicação rigorosa das técnicas especiais de investigação, assim como de outros mecanismos modernos de combate ao crime organizado e transnacional”, acrescentou Paulo Chachine.

O ministro reiterou a necessidade de celeridade na criação de uma unidade específica para a prevenção e combate ao crime organizado e transnacional, com o objectivo de reforçar as capacidades de resposta do País a este tipo de criminalidade. Além disso, o governante apelou à melhoria das operações do Sernic, com particular enfoque no combate a crimes que envolvem o uso de tecnologias de informação, um fenómeno crescente na sociedade moderna.

Desde 2011, Moçambique tem sido afectado por uma onda de raptos, com as vítimas a serem, na sua maioria, empresários e seus familiares, especialmente de ascendência asiática, um grupo que domina o comércio nos centros urbanos das províncias.

De acordo com dados divulgados em Julho de 2024 pela Confederação das Associações Económicas, cerca de 150 empresários foram raptados nos últimos 12 anos. Além disso, uma centena de vítimas de rapto sentiu-se obrigada a abandonar o País devido ao medo, tendo a confederação apelado ao Governo para tomar medidas urgentes.

A maioria dos raptos, como indicou a então procuradora-geral da República, Beatriz Buchili, em Abril de 2024, é organizada fora do País, sobretudo na África do Sul, o que dificulta a actuação das autoridades locais.

Até Março de 2024, a polícia registou um total de 185 raptos, e pelo menos 288 pessoas foram detidas por suspeitas de envolvimento neste tipo de crime, conforme os últimos dados avançados pelo Ministério do Interior. A situação tem vindo a ser monitorizada de perto, com uma crescente pressão para que o Governo implemente medidas mais eficazes no combate a esta crescente ameaça à segurança pública e à estabilidade económica de Moçambique.a d v e r t i s e m e n t

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