
Exportações lusófonas para a China caem mais de um quarto até abril
De concórdia com informação dos Serviços de Alfândega da China, divulgada na terça-feira, entre janeiro e abril o conjunto lusófono vendeu mercadorias no valor de 34,3 milénio milhões de dólares (29,8 milénio milhões de euros) para o mercado chinês.
Segundo os dados, reunidos pelo Fórum para a Cooperação Económica e Mercantil entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau), leste é o valor mais grave para os primeiros quatro meses de um ano desde 2020, no início da pandemia de covid–19.
A descida deveu-se, sobretudo, ao maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil, cujas vendas caíram 29,8% para 27,1 milénio milhões de dólares (23,6 milénio milhões de euros).
Ou por outra, também o segundo maior parceiro mercantil chinês no conjunto lusófono, Angola, viu as exportações decrescerem 6,1%, para 5,49 milénio milhões de dólares (4,78 milénio milhões de euros).
Também as vendas de mercadorias de Portugal para a China diminuíram 12,5% para 883,2 milhões de dólares (768,2 milhões de euros).
Sete dos nove países de língua portuguesa viram desabar as respetivas exportações para o mercado chinês.
As exceções foram Moçambique, cujas vendas subiram mais de um quarto (26,3%) para 604,7 milhões de dólares (526 milhões de euros), e a Guiné-Bissau, que não exportou qualquer mercadoria para a China nos primeiros quatro meses de 2025, tal uma vez que no mesmo período do ano pretérito.
Já as exportações da Guiné Equatorial para o mercado chinês desceram quase metade (48,1%), para 203,5 milhões de dólares (177 milhões de euros).
As vendas de Timor-Leste, Cabo Virente e São Tomé e Príncipe encolheram 96,1%, 83,3% e 58,3%, respetivamente, embora nenhum dos três países tenha vendido mais de cinco milénio dólares (menos de 4.400 euros) em mercadorias.
Na direção oposta, as exportações chinesas para os países de língua portuguesa tiveram o melhor arranque de ano de sempre, aumentando 3,4%, para 26,7 milénio milhões de dólares (23,2 milénio milhões de euros).
Nascente é o valor mais ressaltado para os primeiros quatro meses de um ano desde que o Fórum de Macau começou a apresentar estes dados, em 2013.
Os dados revelam que o Brasil continua a ser o maior comprador no conjunto lusófono, apesar das importações vindas da China terem derrubado 0,2% em verificação com o mesmo período de 2024, para 21,5 milénio milhões de dólares (18,7 milénio milhões de euros).
Pelo contrário, o segundo na lista, Portugal, comprou à China mercadorias no valor de 2,09 milénio milhões de dólares (1,81 milénio milhões de euros) entre janeiro e abril, um aumento de 6,4%.
Apesar de vender mais e comprar menos, a China continua a registar um défice mercantil com o conjunto lusófono, que atingiu 7,57 milénio milhões de dólares (6,59 milénio milhões de euros) com o conjunto lusófono nos primeiros quatro meses de 2025.
Ao todo, as trocas comerciais entre os países de língua portuguesa e a China atingiram 61 milénio milhões de dólares (53 milénio milhões de euros), menos 15,5% do que no mesmo período do ano pretérito.
Leia Também: Fabricantes britânicos de carros de luxo registam exportações bilionárias