Os presidentes de Moçambique, Daniel Chapo, e da África do Sul, Cyril Ramaphosa, inauguram hoje (03), uma fábrica de processamento integrado de hidrocarbonetos, que será responsável pela produção de gás doméstico e petróleo leve, no distrito de Inhassoro, província de Inhambane, sul do País.
Cyril Ramaphosa está em Maputo para uma visita de dois, onde também participa, hoje, na reunião da Comissão Binacional, co-presidida pelos chefes de Estado dos dois países. A primeira reunião se realizou pela primeira vez a 22 de Outubro de 2015, na África do Sul.
Segundo uma publicação do Jornal Savana, a unidade fabril, avaliada em cerca de mil milhões de dólares, num investimento implementado pela petrolífera sul-africana Sasol, poderá concorrer para reduzir em 75% as importações daquele produto por Moçambique.
Com capacidade para produzir 30 mil toneladas de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), conhecido como gás doméstico, a nova fábrica de processamento integrado está a cargo da Sasol, numa concessão de 30 anos e é resultado do Acordo de Partilha de Produção (PSA) entre Moçambique e a petrolífera.
Alimentada por 14 poços, toda a produção será tomada, na boca da fábrica, pela Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), o braço comercial do Estado no sector. A unidade de processamento tem igualmente capacidade para a produção de 4 mil barris de petróleo leve.
A 07 de Outubro a Sasol efectuou o primeiro carregamento de petróleo leve e a 4 de Novembro foi efectuado o carregamento experimental do primeiro lote de GPL.
Até ao momento já foram feitos 134 carregamentos, em camiões de 45 m3 por tanque, operações que antecederam a inauguração oficial da fábrica.
Os gestores da Sasol e da ENH afirmaram que o êxito da operação de carregamento do primeiro lote de GPL constitui um marco importante no processo de comissionamento da nova infra-estrutura.
O projecto de PSA prevê igualmente a produção de 53 milhões de megajoules de gás natural por ano, que irá materializar a implementação da Central Térmica de Temane (CTT), um empreendimento que poderá estar pronta dentro de um ano e meio. A CTT terá capacidade para produzir 450 megawatts de energia eléctrica, a primeira central com aquelas dimensões construída depois da independência nacional.
 
(Foto DR)

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