advertisemen tA Vodacom M-Pesa Moçambique realizou, nesta quinta-feira (11), no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo, a 3.ª edição da Conferência M-Pesa Fintalks, sob o tema: “Inclusão Financeira como Pilar para a Transição Geracional e o Auto-emprego Sustentável”, que contou com a participação de líderes de vários sectores da economia, incluindo representantes do Governo ao nível do regulador. Segundo um comunicado divulgado, durante o seu discurso de abertura, o presidente do conselho de administração da Vodacom e M-Pesa Salimo Abdula afirmou que o lema desta 3.ª edição é relevante no contexto actual de Moçambique, que enfrenta os desafios relacionados com os elevados índices de desemprego, a escassez de oportunidades económicas e uma crescente vulnerabilidade financeira. Abdula referiu ainda que, no País, a maioria dos jovens enfrentam dificuldades em transitar para empregos estáveis ​​e para o empreendedorismo, devido ao acesso limitado ao capital financeiro, à insuficiente literacia financeira e à escassez de soluções digitais adaptadas às suas necessidades.advertisement Diante disso, o dirigente assumiu que é neste cenário que a inclusão financeira digital se torna uma oportunidade e um catalisador de transformação social e económica, servindo como ponte para o desenvolvimento do potencial dos jovens e mulheres na criação de negócios sustentáveis, na conquista da autonomia e na garantia de uma transição geracional mais harmoniosa da economia. Por sua vez, o director geral da Vodacom M-Pesa, Sérgio Gomes, explicou que a inclusão financeira pode ser explorada de forma a abrir caminhos para que mais jovens participem activamente na economia, impulsionam a inovação e encontrem no auto-emprego sustentável, uma oportunidade real de transformação das suas vidas e das suas comunidades. “Ao escolher a Inclusão Financeira como Pilar para a Transição Geracional e a Criação do Auto-Emprego Sustentável como tema central desta 3.ª edição do FinTalks, reafirmamos a necessidade de capacitar a juventude para assumir um papel central no crescimento económico de Moçambique”, explicou o responsável. Já a directora-executiva do Financial Sector Deepening Moçambique, Esselina Macome, destacou que o futuro da inclusão financeira está dependente da colaboração intersectorial, tendo salientado que a inclusão financeira deve ser entendida também como um direito humano, por devolver dignidade a milhões de moçambicanos que, durante anos, viveram com limitações económicas e sem acesso a serviços financeiros formais. Novas soluções digitais revolucionam o uso e o acesso a serviços financeiros Foram destaque desta edição a apresentação de histórias reais de inclusão financeira como ferramenta para impulsionar a mudança geracional e o auto-emprego, tal como aconteceu na intervenção de Gabriela Rosales, líder de equipa e responsável pela componente de Acesso aos Serviços Financeiros do Programa GIZ-VAMOZ Competir – iniciativa alemã que tem como objectivo principal fortalecer a competitividade das micro, pequenas e médias empresas moçambicanas, bem como dos pequenos agricultores nas regiões rurais e costeiras. Na sequência, foram apresentadas soluções de diversos segmentos financeiros que já estão a gerar impacto concreto, como é o caso do M-Pesa que apresentou o serviço “Txova”, uma solução de microcrédito automático que vem responder a uma das maiores limitações enfrentadas pelos clientes: a falta de pequenos valores monetários para completar transacções essenciais do dia-a-dia. O “Txova” é o primeiro serviço de crédito automático da plataforma em Moçambique que permite aos clientes concluir transacções mesmo quando não têm saldo suficiente O primeiro painel de discussão na 3.ª edição da Conferência M-Pesa FinTalks esteve subordinado ao tema Do Acesso ao Impacto: Como a Inclusão Financeira Pode Remodelar as Dinâmicas do Mercado de Trabalho em Moçambique. Sob moderação de Vânia Nhaúle, o painel foi composto por Jaime Comisse, representante da Agência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), Dário Camal, académico, diplomata e activista social, e Carlos Mondle, vice-presidente da FintechMZ. Durante o debate, Dário Camal referiu que os desafios da inclusão financeira em Moçambique vão além do uso e acesso aos serviços financeiros, destacando a necessidade de uma colaboração multissectorial para um investimento na literacia tecnológica e financeira, incluído a agenda da literacia financeira nos currículos escolares. Além disso, Camal defendeu que a inclusão financeira requer a criação de produtos financeiros acessíveis e adaptáveis ​​à realidade socioeconómica do País. O primeiro painel esteve subordinado ao tema “Do Acesso ao Impacto: Como a Inclusão Financeira Pode Remodelar as Dinâmicas do Mercado de Trabalho em Moçambique” Por sua vez, Carlos Mondle abordou os desafios relacionados com a criação, licenciamento e investimento nas soluções financeiras digitais em Moçambique tendo destacado a morosidade do processo de incubação dos serviços junto do regulador, políticas não adaptáveis ​​à dimensão do investimento, escassez de mão-de-obra qualificada ou especializada, entre outros. Baseado na sua vasta experiência na UNIDO, Jaime Comiche falou da importância da colaboração multissectorial e resiliência na consolidação de soluções digitais tendo como exemplo o Balcão de Atendimento Único (BAU) e o seu impacto na racionalização, modernização e simplificação de processos administrativos. Segundo painel de debate: como as comunidades, os bancos, as fintechs, os reguladores e o Governo podem, ligados, impulsionar a mudança Desde 2015, o número de contas móveis em Moçambique registou um crescimento expressivo, passando de 28% para 109% em poucos anos. Esse aumento reflecte a adesão massiva de milhares de pessoas ao uso de sistemas financeiros digitais. Contudo, à medida que a inclusão financeira avança, surge também a necessidade de criar complementaridade entre os diferentes sectores. Foi com base nessa reflexão que o último painel de debate da 3.ª edição da Conferência M-Pesa FinTalks destacou a urgência de se garantir um ecossistema mais integrado, onde as comunidades, os bancos, as fintechs, os reguladores e o Governo caminhem lado a lado na promoção da mudança. A mensagem central foi clara: o futuro da inclusão financeira não depende apenas da tecnologia, mas da capacidade de criar pontes de confiança, colaboração e inovação entre todos os actores envolvidos. Foram destaque desta edição a apresentação de histórias reais de inclusão financeira como ferramenta para impulsionar a mudança geracional e o auto-emprego Os intervenientes sublinharam ainda que a consolidação deste caminho exige políticas robustas, soluções inovadoras que respondam à realidade local e maior literacia financeira para que os cidadãos não apenas tenham acesso às plataformas, mas possam utilizá-las de forma consciente e inclusiva. O painel foi moderado pelo economista Egas Daniel e composto por Elda Monteiro, directora do Gabinete de Inclusão Financeira do Banco de Moçambique, Casimiro Chicuava, representante da Associação Moçambicana de Bancos, e Felix Kamenga, director Comercial da M-Pesa Africa. Estudantes universitários apresentam soluções de inclusão financeira Em jeito de ilustração do momento FINCKATHON – competição de soluções financeiras – as soluções inovadoras para responder aos desafios da inclusão financeira ganharam espaço na conferência. O painel relembrou as quatro soluções vencedoras da edição M-Pesa FINCKATHON 2025, que demonstram como a criatividade e a tecnologia podem impulsionar a transformação digital. Na ocasião, conferência procedeu a uma sessão das soluções apresentadas pelos estudantes universitários e que estão em fase de incubação para serem integradas no M-Pesa. O primeiro chama-se “M-Guia”, solução apresentada pelos estudantes do ISUTC, torna o M-Pesa mais acessível através da inserção de línguas locais e do uso de voz, garantindo maior inclusão digital. A outra proposta é o “Procura Já”, concebida pelo grupo estudantil da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), que permite identificar os agentes M-Pesa com saldo disponível, evitando que os clientes percorram longas distâncias em busca de atendimento. Na ocasião, foram apresentadas soluções de diversos segmentos financeiros que já estão a gerar impacto concreto A Uni Zambeze apresentou o “M-Loda”, um sistema que promove a cooperação entre agentes para evitar a falta de recursos financeiros, permitindo transferências rápidas e garantindo maior fluidez na utilização do M-Pesa. Por último, o ISCTEM trouxe o “M-Djo”, uma solução inclusiva que, através de um sistema de voz, possibilita que pessoas que não sabem ler nem escrever realizem transacções financeiras de forma autónoma. Estas soluções demonstram o compromisso do M-Pesa em continuar a promover a inclusão financeira e digital, criando ferramentas que aproximam comunidades, fortalecem pequenos negócios e ampliam o acesso a serviços financeiros em Moçambique. O evento, organizado em parceria com o Financial Sector Deeping Moçambique (FSDMoç), Associação Moçambicana das Fintechs (FinTech.MZ), a Associação GSM (GSMA), M-Pesa Africa, Agência Internacional de Cooperação Alemã (GIZ), Fundação Vodacom e a New Faces, New Voices (NFNV), contou também com a participação do Banco de Moçambique, a Associação Moçambicana de Bancos, Instituições Financeiras, organizações não-governamentais, Comunidade Académicas e o corpo directivo do Grupo Vodacom a nível nacional e continental.advertisement

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