“Os Estados Unidos e a China estão numa corrida renhida (…) numa economia global impulsionada pela inteligência artificial”, mas a Alemanha e a Europa têm “todas as hipóteses de se atualizarem”, declarou Merz em Jülich, perto de Colónia (oeste), no centro que alberga o novo supercomputador Júpiter. O chanceler alemão saudou o “projeto pioneiro europeu histórico”, que se distingue por um poder computacional colossal e por ser um trunfo significativo para os esforços europeus no treino de modelos de IA. O Júpiter é capaz de realizar pelo menos um quintilião de cálculos por segundo. “É como se 10 milhões de computadores portáteis convencionais estivessem a ser utilizados simultaneamente, empilhados em 300 quilómetros de altura”, referiu o chanceler. Com esta ferramenta, que será utilizada em diversas áreas de investigação — clima, energia, saúde, etc. —, o objetivo é que “a Alemanha se torne uma nação com inteligência artificial”, declarou. Na Alemanha e na Europa, “ter capacidades computacionais soberanas, em pé de igualdade com os nossos concorrentes internacionais, é uma questão de competitividade tanto quanto de segurança nacional”, acrescentou o líder conservador, que vê o tema como uma “prioridade absoluta”. O supercomputador, desenvolvido pelo grupo francês Atos com um orçamento de 500 milhões de euros, financiado igualmente pela União Europeia e pela Alemanha, é o primeiro computador exaescala da Europa e o quarto do mundo, segundo os dados disponíveis. Leia Também: Anthropic proíbe entidades chinesas de usar os seus serviços de IA