As falhas informáticas verificadas nos centros de saúde localizados nas áreas de Lisboa e Santarém terão sido resolvidas, com os constrangimentos verificados durante a manhã desta quinta-feira, dia 30, a terem sido solucionados. A notícia, que começou por ser avançada pela Renascença, apontava para a possibilidade de os constrangimentos estarem relacionados com a falha global verificada no serviço ‘cloud’ da Microsoft. No entanto, contactado pelo Notícias ao Minuto, o Ministério da Saúde diz que os problemas verificados estão relacionados com uma “reatualização do sistema” da parte da operadora NOS que “afetou os sistemas em algumas unidades de saúde em Lisboa e Vale do Tejo”. A situação, diz o Ministério da Saúde, já se encontra totalmente ultrapassada. Esta é uma informação corroborada por Diogo Urjais da Associação das Unidades de Saúde Familiar. Contactado pelo Notícias ao Minuto, Diogo Urjais confirma que, durante esta manhã, houve realmente unidades afetadas nas regiões de Lisboa e Santarém, notando que os constrangimentos “já foram resolvidos” e que a situação voltou à normalidade. Falhas informáticas no SNS Esta não é a primeira instância de falhas informáticas a impactar o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Em setembro, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) defenderam-se indicando que a rede de informação do SNS está a ser reforçada desde 2023, num investimento de cerca de 24 milhões de euros. Segundo os SPMS, o investimento na Rede de Informação da Saúde Next Generation (RISNextG) começou em maio de 2023 e está distribuído ao longo de cinco anos Ainda assim, a Ordem dos Médicos não tem poupado críticas. No mesmo mês, o órgão afirmou que as falhas informáticas em diversos hospitais e centros de saúde resultavam da dependência destas unidades de soluções centralizadas fornecidas pelos SPMS e pedia uma solução para que a situação não se repetisse. Microsoft com falha global A Microsoft confirmou que os utilizadores da sua plataforma Azure estão a enfrentar dificuldades de acesso a vários serviços, incluindo o Office 365, ‘Minecraft’ e outras aplicações, devido a falhas na sua rede global de distribuição de conteúdos. Num comunicado publicado na página de monitorização do estado do Azure, a tecnológica norte-americana indicou que as suas equipas estão a investigar problemas no serviço Azure Front Door e a trabalhar para mitigar as falhas de acesso. Questionada pela AP, a Microsoft não respondeu de imediato, mas reconheceu as perturbações. Devido à forte dependência de inúmeros sites e serviços da infraestrutura ‘cloud’ da empresa, uma avaria desta natureza pode ter efeitos generalizados. De acordo com o site Downdetector, que monitoriza interrupções ‘online’, os utilizadores reportaram problemas de ligação em serviços como o Office 365, ‘Minecraft’, Xbox Live, Copilot, Costco, Starbucks e outros. A Amazon continua a ser o principal fornecedor mundial de serviços de computação na nuvem (‘cloud’), enquanto a Microsoft ocupa o segundo lugar, à frente da Google, na maioria dos mercados. Leia Também: Sophos: Cibersegurança deve ser pensada como resiliência empresarial

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