O Standard Bank participou, recentemente, na cidade de Maputo, das Jornadas Científicas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Joaquim Chissano, onde, através dos seus representantes, partilhou reflexões sobre temas como a inclusão financeira digital, assim como a cibersegurança no sistema financeiro. Pedro Magaia, chefe do Departamento do Sistema Central de Dados, durante a sua abordagem sobre a “Inclusão Financeira Através das TIC: O Papel da Banca Digital no Desenvolvimento Sustentável de Moçambique”, destacou o papel das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e da banca digital na promoção da inclusão financeira e no fortalecimento de uma economia mais participativa e sustentável. Magaia frisou que a expansão dos serviços financeiros digitais em Moçambique tem sido impulsionada por operadoras de telefonia móvel e Fintechs, através de plataformas como M-Pesa, mKesh e e-Mola, que têm facilitado o acesso de milhares de cidadãos, sobretudo nas zonas rurais, ao sistema financeiro. Contudo, realçou a necessidade de investir em soluções acessíveis e seguras, como serviços baseados em USSD e tecnologias de blockchain, e do reforço à educação financeira e digital, para garantir que o progresso tecnológico beneficie todos os moçambicanos. “Com políticas adequadas, regulação moderna e foco na confiança do utilizador, Moçambique pode consolidar um ecossistema financeiro digital sólido e inclusivo, contribuindo directamente para o desenvolvimento económico e social do País”, concluiu. Na mesma ocasião, o chefe de Segurança da Informação do Standard Bank, Sanjay Jeta, que falava sobre a “Cibersegurança e Confiança Digital: Estratégias para Proteger o Sistema Financeiro no Contexto da Transformação Digital”, salientou que a confiança digital é essencial para a estabilidade e credibilidade do sistema financeiro. Segundo Jeta, apesar dos esforços das instituições financeiras para reforçarem as suas políticas de segurança, o País continua vulnerável a riscos cibernéticos, agravados pela escassez de profissionais especializados, pela falta de literacia digital e pelo aumento de fraudes electrónicas, como o phishing e o SIM swap. “Moçambique tem uma oportunidade real para construir uma economia digital sólida e segura. Para tal, é necessário consolidar a confiança entre o cidadão e as instituições, reforçar a formação técnica e promover uma cultura de vigilância permanente. Nenhum sistema é totalmente invulnerável. O essencial é estar preparado, reduzir riscos e agir com responsabilidade”, concluiu.

