advertisemen tO Banco de Moçambique (BdM) fez saber que as Reservas Internacionais Líquidas (RIL) renovaram os seus máximos, ao crescerem em Agosto para 4 mil milhões de dólares (252,8 mil milhões de meticais). De acordo com o relatório estatístico do banco central, estas reservas – em moeda estrangeira – tinham registado em Fevereiro o valor mais baixo num ano, ao recuarem para 3,5 mil milhões de dólares. A partir de Março, seguiram-se meses de subidas mensais consecutivas, chegando a 3,9 mil milhões de dólares (246,4 mil milhões de meticais) em Julho e voltando renovar máximos em Agosto. De acordo com o relatório estatístico do banco central divulgado pela Lusa, as reservas cobrem até então mais de três meses das necessidades estimadas de importações bens e serviços.advertisement Em Julho, o Banco de Moçambique anunciou novas medidas para aumentar a “fluidez” no mercado cambial nacional, através de uma redistribuição mais eficaz da liquidez existente no sistema financeiro, num contexto em que vários sectores económicos continuam a enfrentar dificuldades de acesso a divisas para importações. Segundo o governador do BdM, Rogério Zandamela, as acções em curso visam “ajustar” o funcionamento do mercado cambial sem alterar o montante global de liquidez disponível no sistema. “Essas medidas não são mais nada que ajustar certos recursos”, afirmou o responsável, durante a conferência de imprensa que marcou o encerramento da reunião do Comité de Política Monetária (CPMO), realizada em Maputo. Entre as principais medidas destacam-se a redução dos limites de retenção diária de divisas adquiridas pelos bancos comerciais e o aumento da taxa mínima de conversão obrigatória das receitas de exportação, de 30% para 50%. Esta última acção permitirá, segundo o governador, “aumentar a disponibilidade de moeda estrangeira (divisas) no mercado e facilitar as transacções dos operadores económicos”. Questionado pelos jornalistas sobre as persistentes dificuldades de acesso a divisas enfrentadas por vários sectores, o responsável explicou que o problema não reside na escassez agregada de moeda estrangeira, mas sim na forma como esta está distribuída entre diferentes segmentos da economia. “Essas medidas que nós estamos a tomar, na realidade, não afectam o agregado, mas a distribuição de como é que essa liquidez se distribui entre os vários segmentos do nosso sistema”, referiu. A Confederação das Associações Económicas (CTA) alertou em Fevereiro para os impactos da limitação de divisas em sectores como saúde, aviação, combustíveis e produtos alimentares. As preocupações foram reiteradas pelos empresários durante o encontro com um Presidente da República.advertisement

