“A situação orçamental melhorou consideravelmente desde a pandemia e Portugal está num bom caminho no que diz respeito às finanças públicas”, afirmou hoje Era Dabla-Norris, diretora adjunta do departamento de Finanças Públicas do FMI, em conferência de imprensa. No Fiscal Monitor, divulgado hoje, o FMI projeta um excedente de 0,2% este ano e um saldo nulo para 2026. No entanto, a maioria das instituições que segue a economia portuguesa aponta para um défice. Questionada sobre esta previsão para 2026, a responsável salientou que o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) “aponta para um saldo próximo do equilíbrio”. “Em Portugal, o OE2026 foi apresentado ao parlamento a 10 de outubro e a expectativa é de que seja aprovado com apoio político alargado”, disse, acrescentando que a previsão de um excedente de 0,1% em 2026 é “apoiada por um saldo primário muito forte, o que reforça o compromisso de Portugal com finanças públicas sólidas”. A economista apontou ainda que a dívida pública portuguesa “atingiu o pico na pandemia e está numa trajetória de redução consistente”, sendo esperado que diminua para menos de 90% do PIB até ao final do próximo ano e continue a cair no médio prazo. O Governo entregou no parlamento o OE2026, onde prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2% neste ano e 2,3% em 2026. O executivo pretende alcançar excedentes de 0,3% do PIB em 2025 e de 0,1% em 2026. Quanto ao rácio da dívida, estima a redução para 90,2% do PIB em 2025 e 87,8% em 2026. Já o FMI, nas projeções divulgadas nesta semana, prevê um crescimento de 1,9% em 2025 e 2,1% em 2026. (Notícia atualizada às 15h02) Leia Também: RTP “reviu” posição após polémica e Gonçalo Santos não será comentador