advertisemen tA agência de notação financeira Moody’s decidiu manter o rating da Corporação Financeira Africana (AFC), um dos principais financiadores de infra-estruturas em África, no nível A3, com perspectiva estável, permitindo um financiamento com baixas taxas de juro. “Apesar do risco-país elevado em vários dos países onde a AFC opera e da baixa classificação média da sua base de accionistas, o perfil de crédito é apoiado por uma sólida reserva de liquidez, respaldada por activos de tesouraria de alta qualidade e um desempenho resiliente dos activos, sustentado por protecções de crédito eficazes que mitigam os potenciais riscos de crédito”, afirmou a Moody’s no seu último relatório. A manutenção do rating em A3, acima do grau de investimento e permitindo acesso mais barato aos mercados financeiros internacionais do que qualquer país africano, “reflecte a adesão rigorosa da AFC às suas directrizes prudenciais e o seu sólido desempenho financeiro”, acrescenta-se no comunicado, que é a principal promotora do Corredor do Lobito, em Angola, uma infra-estrutura económica que permitirá transportar os minérios desde a República Democrática do Congo até ao porto angolano, e desenvolver a economia de toda a região. A manutenção deste rating pelo 11.º ano consecutivo “é uma forte prova da solidez financeira e resiliência da AFC, mesmo num contexto de ventos contrários globais”, referiu a presidente executiva da Corporação, Samaila Zubairu, citada no comunicado, no qual acrescentou que a opinião sobre a qualidade do crédito “reforça a capacidade de aceder consistentemente a capital de longo prazo a taxas competitivas para cumprir o mandato de financiar projectos de infra-estruturas transformacionais que integram África e permitem a sua industrialização.” Angola, que se tornou accionista soberano da Corporação Financeira Africana em Junho, é o segundo país lusófono, a seguir a Cabo Verde, accionista desta entidade destinada a financiar investimentos em infra-estruturas no continente. No início deste ano, o Fundo Soberano de Angola também fez um investimento de capital de 25 milhões de dólares na AFC, reflectindo “uma estratégia nacional coesa para promover a agenda de desenvolvimento industrial e de infra-estruturas de Angola através de uma estreita colaboração com a mesma entidade”, anunciou no mês passado. A Corporação Financeira Africana foi criada em 2007 para fomentar investimentos em infra-estruturas e indústria no continente africano, juntando conhecimentos especializados do sector com um foco em consultoria financeira e técnica, estruturação e desenvolvimento de projectos e capital de risco para responder às necessidades do desenvolvimento e impulsionar o crescimento económico sustentável em África. A AFC tem 45 Estados-membros e investiu mais de 15 mil milhões de dólares em 36 países africanos desde a sua criação. Fonte: Lusa