advertisemen tDepois de o Governo ter divulgado, na segunda-feira (29), a desactivação de 18 mil “funcionários-fantasma”, eis que o mesmo garantiu nesta terça-feira (30) que vai responsabilizar os agentes do Estado envolvidos no escândalo, ao mesmo tempo que clarificará o assunto. “O que vamos fazer é partir para a fase seguinte, que é clarificar as questões e responsabilizar os envolvidos. Num sistema de salários há sempre responsáveis, há um processamento que decorre até o salário cair numa conta. Logo, queremos saber desta cadeia, quem processou o salário de alguém, quem confirmou a presença daquela pessoa que não existe, como é que a incluiu na folha (de pagamento)”, descreveu o porta-voz do Executivo, Inocêncio Impissa. Falando após uma sessão do Conselho de Ministros, Impissa avançou ainda que foi possível identificar estes “funcionários-fantasma” após o Executivo introduzir um sistema electrónico de uso de telemóvel para efectuar a prova de vida aos funcionários públicos e agentes do Estado, anulando o anterior modelo que permitia pagamentos a estes 18 mil funcionários.advertisement “Detectámos, por exemplo, alguns casos de colegas falecidos que continuaram a receber salários, pelo menos desde 2021, casos de funcionários aposentados há quatro anos e que continuavam a receber salários. Não temos a certeza de quem recebia os vencimentos. E isto averigua-se na base de um processo de correspondência”, apontou o dirigente, acrescentando que, algumas vezes, estes funcionários, supostamente inexistentes, foram convocados para reuniões presenciais, mas não compareceram. Esta segunda-feira, o porta-voz admitiu não existirem ainda dados concretos sobre os prejuízos acumulados em consequência destes crimes, porque “cada um dos funcionários tem um salário diferente do outro”, em função da sua categoria e, quando assim é, “não é possível perceber.” Em Janeiro, o Presidente da República, Daniel Chapo, já tinha exigido o combate à corrupção, transparência e boa governação, após dar posse ao novo Executivo, ao qual pediu integridade e criatividade para resolver os problemas dos moçambicanos.advertisement