Os preços dos combustíveis vão registar um comportamento distinto no início da próxima semana: o gasóleo deverá ficar ligeiramente mais caro, ao passo que a gasolina deverá registar uma descida no preço, de acordo com as previsões divulgadas esta sexta-feira pelo Automóvel Club de Portugal (ACP). Na prática, as previsões apontam para um aumento de meio cêntimo no caso do gasóleo e para uma descida de um cêntimo no preço da gasolina. Como está o petróleo nos mercados internacionais? A cotação do barril de Brent para entrega em novembro terminou na quinta-feira no mercado de futuros de Londres em alta de 0,16%, para os 69,42 dólares. O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, fechou as transações na Intercontinental Exchange a cotar 11 cêntimos acima dos 69,31 dólares com que encerrou as transações na quarta-feira. Esta é a terceira subida consecutiva da cotação, que a coloca em máximos desde o início de agosto. Os investidores começam a interiorizar a possibilidade de uma contração da oferta, perante os problemas de exportação do Curdistão iraquiano, na Venezuela e as interrupções no fornecimento russo, resultantes dos ataques ucranianos. AIE considera aumento previsto das reservas de petróleo insustentável Já este mês, recorde-se, a Agência Internacional de Energia (AIE) considerou que o aumento previsto das reservas de petróleo “é insustentável” depois de a produção ter atingido um máximo em agosto e de a OPEP ter decidido um novo aumento para outubro. No relatório mensal sobre o mercado, a AIE estima que, no segundo semestre, as reservas mundiais crescerão em média 2,5 milhões de barris por dia, devido ao facto de a oferta estar a superar largamente a procura. Só em julho, as reservas aumentaram 26,5 milhões de barris e foi o sexto mês consecutivo de expansão, acumulando 187 milhões de barris adicionais desde o início do ano. A situação corre o risco de se agravar com a decisão, no domingo passado, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus parceiros (OPEP+), a menos que ocorra uma inflexão que modifique os atuais desequilíbrios do mercado devido às tensões geopolíticas, às políticas comerciais ou a novas sanções contra a Rússia ou o Irão, segundo os autores do relatório. A OPEP+ acordou no domingo um novo aumento da produção de petróleo bruto para outubro de 137.000 barris por dia, uma subida que, no entanto, é menor do que o aplicado nos últimos meses devido ao enfraquecimento da procura mundial. A AIE lembra que em agosto foi atingido um novo recorde na procura de petróleo bruto, com 106,9 milhões de barris, e calcula agora que, no conjunto do ano, será de uma média de 105,8 milhões de barris por dia, o que significa 2,7 milhões de barris por dia a mais do que em 2024, dos quais 1,3 milhões de barris por dia provenientes da OPEP+. Para 2026, estima que o aumento será de mais 2,1 milhões de barris por dia, até 107,9 milhões de barris por dia, e um milhão de barris por dia será proveniente de produções adicionais da OPEP+. Leia Também: Trocar fogão ou esquentador? Voucher “pode ​​ser utilizado apenas uma vez”

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