advertisemen tA Associação Moçambicana de Bancos (AMB) anunciou nesta segunda-feira, 1 de Setembro, que a taxa de juro de referência para o crédito em Moçambique vai descer 0,7 pontos percentuais no presente mês, fixando-se nos 16,5%. Desde Janeiro de 2024 que a taxa, conhecida como prime rate, está em queda, após seis meses seguidos em máximos de 24,1%. As oscilações da prime rate estão associadas à taxa de juro de política monetária (taxa MIMO, que influencia a fórmula de cálculo da prime rate) pelo banco central, para controlar a inflação. Numa nota, a associação explicou que o corte surge depois da descida verificada em Agosto, para 17,20%, recordando que o Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique (BdM) cortou, a 31 de Julho, pela nona vez consecutiva, a taxa de juro de política monetária, em 0,75 pontos percentuais, para 10,25%. “Esta medida decorre, essencialmente, da contínua consolidação das perspectivas da inflação em um dígito, reflectindo, em parte, a tendência favorável dos preços internacionais de mercadorias, não obstante a manutenção, a nível doméstico, de riscos e incertezas associados às projecções”, afirmou Rogério Zandamela, governador do BdM. O responsável avançou que, apesar da evolução positiva da inflação, o governador advertiu para a existência de riscos que poderão pressionar os preços nos próximos meses. Entre os factores destacados estão o agravamento da situação fiscal, as incertezas quanto à recuperação da capacidade produtiva, a oferta de bens e serviços e os choques climáticos. “A antevisão para o médio prazo aponta para uma recuperação gradual da actividade económica, excluindo a produção de Gás Natural Liquefeito, favorecida, em parte, pela redução das taxas de juro e pelas perspectivas de implementação de projectos em áreas estratégicas”, acrescentou o responsável. O CPMO sublinhou que continuará a acompanhar a evolução dos principais indicadores macroeconómicos, reafirmando o compromisso com o processo de normalização da taxa MIMO. O ritmo e a magnitude dos próximos ajustamentos dependerão da trajectória da inflação e da avaliação contínua dos riscos e incertezas associados.