Espanha lembra a Trump que taxas comerciais são entre EUA e UE – Economia


O Governo espanhol lembrou esta quarta-feira que os acordos e taxas comerciais com os EUA são negociados e aplicados no quadro da União Europeia (UE), depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter ameaçado aumentar tarifas a Espanha.


As negociações comerciais “dão-se no quadro da Percentagem Europeia, que é a encarregada de negociar por segmento de todos os Estados-membros”, disse o ministro da Economia de Espanha, Carlos Cuerpo, em Paris, em resposta a questões dos jornalistas sobre as declarações de hoje de Trump.


O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) ameaçou infligir a Espanha tarifas mais severas pela recusa de Madrid em investir mais na extensão da resguardo no contexto da NATO.


“Acho terrível o que fez Espanha, vamos negociar com eles e vão remunerar o duplo. Vamos obrigá-los a remunerar, Espanha quer uma viagem gratuito e eu vou obrigá-la a remunerar de outra forma”, disse Donald Trump em conferência de prensa no final da cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Setentrião (NATO), em Haia, nos Países Baixos.


O Presidente dos EUA acrescentou que vai “negociar diretamente” com o Governo de Pedro Sánchez e que Madrid “vai remunerar mais assim”.


Os EUA estão a negociar com a UE a emprego de tarifas comerciais recíprocas de 20%, que Bruxelas espera conseguir encolher, e só no contexto das quais se poderia abranger Madrid.


“Para nós é importantíssimo que neste quadro de negociação, desta relação bilateral entre a União Europeia e os Estados Unidos, continuemos a seguir para conseguir um congraçamento justo e equilibrado”, afirmou o ministro da Economia de Espanha.


Questionado sobre se os EUA poderiam infligir taxas comerciais específicas a Espanha, Carlos Cuerpo reiterou que a negociação é entre Bruxelas e Washington.


“Temos de conseguir chegar a um congraçamento justo e equilibrado”, insistiu, antes de referir que a presidente da Percentagem Europeia, Ursula von der Leyen, advertiu que “a Europa tem também as ferramentas necessárias para se proteger se não for verosímil chegar a congraçamento”.


O primeiro-ministro espanhol reiterou hoje que cumprirá com as capacidades de resguardo acordadas com a NATO gastando 2,1% do Resultado Interno Bruto (PIB) e que o objetivo de 5% é maleável, uma vez que lhe confirmou por escrito o líder da Federação.


Pedro Sánchez, que falava numa conferência de prensa em Haia, voltou a manifestar que o texto final da cimeira de hoje da NATO garante flexibilidade no objetivo de os Estados-membros passarem a gastar 5% do PIB em resguardo e segurança, fruto de “meses de trabalho” e de negociações entre o Governo de Espanha e a NATO.


Sánchez acrescentou que, aliás, o próprio secretário-geral da NATO, Mark Rutte, lhe confirmou essa flexibilidade, e que Espanha poderá gastar menos de 5% do PIB, numa epístola que foi tornada pública pelo Governo de Madrid no domingo e que hoje o primeiro-ministro espanhol leu aos jornalistas.


Os 2,1% do PIB são um nível de gasto “suficiente e realista” para Espanha, sendo “patível” com o estado de bem-estar e os compromissos internacionais assumidos pelo país, defendeu Sánchez, que considerou a cimeira da NATO “um sucesso”, tanto do ponto de vista “da unidade” da Federação uma vez que do “interesse universal” de Espanha.


Os 32 países da Federação Atlântica acordaram hoje um aumento do investimento de 5% do PIB na extensão da resguardo até 2035, com uma revisão dos objetivos em 2029.


“Unidos para fazer face às profundas ameaças de segurança e desafios, em privado a ameaço a longo prazo apresentada pela Rússia à segurança euro-atlântica e a persistente ameaço do terrorismo, os aliados comprometem-se a investir 5% do PIB anualmente em requerimentos de resguardo, assim uma vez que em despesas relacionadas com resguardo e segurança até 2035”, referiram na Enunciação da Cimeira de Haia (Países Baixos).

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