Governo Reconhece Cenário Poupado e Financeiro do País Uma vez que “Desafiante” • Quotidiano Poupado

A ministra das Finanças, Carla Louveira, afirmou esta segunda-feira, 16 de Junho, que o cenário poupado e financeiro do País permanece “desafiante”, reconhecendo os impactos da tensão social pós-eleitoral no primeiro trimestre do ano, informou a Lusa.

Ao intervir num evento do Banco de Moçambique (BdM), a ministra recordou que, “nos últimos anos”, a gestão macroeconómica do País tem enfrentado “desafios advindos de choques externos e internos que afectam profundamente” a economia, uma vez que o terrorismo em Cabo Ténue, eventos climáticos extremos e “as manifestações violentas” em seguida as eleições gerais de 9 de Outubro de 2024.

Estas culminaram na “devastação de infra-estruturas públicas e privadas, o que levou a uma desaceleração da economia em 3,6 pontos percentuais em 2024, situando-se em 1,9% contra 5,5% projectados no PESOE (Projecto Poupado e Social e Orçamento do Estado) daquele ano. Esta situação teve o seu respaldo no primeiro trimestre de 2025, com o PIB a apresentar uma variação negativa de 3,9% quando comparado com o mesmo período de 2024, influenciado por variações negativas no sector secundário de 16,2%, seguido do sector terciário com uma variação negativa de 8%”, acrescentou Carla Louveira.a d v e r t i s e m e n t

“Isto demonstra que o contexto continua desafiante, e foi neste contextura que a Parlamento da República aprovou o PESOE para 2025, que aponta para a consolidação fiscal uma vez que objectivo primordial para lastrar as contas do Estado. Nestes termos, foram aprovadas medidas para aumentar a eficiência na arrecadação de receitas e estabilizar o nível de dívida pública da tamanho salarial, de modo a reduzir o défice primordial, criando espaço para o investimento produtivo”, sublinhou ainda a ministra.

A economia pátrio recuou 3,92% no primeiro trimestre, em termos homólogos, em seguida a queda de 5,73% nos últimos três meses de 2024, anunciou a 10 de Junho o Instituto Vernáculo de Estatística (INE).

Nos últimos anos, a gestão macroeconómica do País tem enfrentado desafios derivados de choques externos e internos que afectam profundamente a economia

No relatório das contas nacionais trimestrais, referente aos primeiros três meses de 2025 – período ainda marcado pela potente conflito social pós-eleitoral no País -, o INE explica oriente desempenho, “em primeiro lugar”, com o sector secundário, que recuou 16,18%.

O Resultado Interno Bruto (PIB) registou um incremento de 3,56% no primeiro trimestre de 2024, seguindo-se novas subidas, de 4,28% e de 5,53%, no segundo e terceiro trimestres, respectivamente. Para 2025, o Governo perspectiva um incremento de 2,9%.

Na sequência da conflito que se seguiu às eleições gerais de 9 de Outubro do ano pretérito, registaram-se quedas no PIB de 5,73% no último trimestre de 2024 e de 3,92% no primeiro trimestre de 2025, segundo o INE.

O País viveu quase cinco meses de tensão social, com manifestações, greves e barricadas em ruas de várias cidades, sobretudo Maputo, inicialmente em impugnação aos resultados eleitorais, convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane. Os protestos degeneraram em violência com a polícia e provocaram murado de 400 mortos, muito uma vez que a devastação e saque de infra-estruturas públicas e em empresas.

A 23 de Março, Daniel Chapo e Venâncio Mondlane, candidato presidencial que não reconheceu os resultados das eleições, encontraram-se pela primeira vez e assumiram o compromisso de terminar com a violência, tendo voltado a reunir-se a 21 de Maio com uma agenda para pacificar o País.

Quase milénio empresas nacionais foram afectadas pelas manifestações pós-eleitorais, com um impacto na economia superior a 32,2 milénio milhões de meticais (503,9 milhões de dólares) e 17 milénio desempregados, segundo estimativa apresentada em Fevereiro pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).

De concordância com o levantamento feito pela organização, foram afectadas de “forma directa” pelas manifestações e conflito social que se seguiram às eleições gerais de Outubro 955 empresas, 51% das quais “sofreram vandalizações totais ou saques das suas mercadorias.”a d v e r t i s e m e n t

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