Empresa de Esposende muda de nome aos 55 anos posteriormente ter sido comprada por 192 milhões – Indústria


Esvaziada dos seus principais ativos, a Companhia Industrial Quintas & Quintas SGPS faliu em 2019 com uma dívida superior a 60 milhões de euros, tendo o Estado uma vez que principal credor, 120 anos depois do promanação, na Póvoa de Varzim, de Francisco Alves Quintas, que viria a tornar-se empresário aos 26 anos, quando assume a direção da oficina do pai.


Era portanto um modesto cordoeiro com roda manual, tendo instalado a primeira máquina dois anos depois na fábrica poveira que viria a tornar-se um gigante da cordoaria, fios e fibras.


Em 1956, lançou-se na produção de condutores elétricos de alumínio, setor em que viria a tornar-se o principal exportador vernáculo.


Depois a sua morte, a 27 de janeiro de 1980, os sete filhos mantiveram o conglomerado empresarial uno durante quinze anos, até que um deles, líder do grupo e considerado “o mais esperto” e “empreendedor” da prole, decidiu provocar a cisão familiar.


Nélson Quintas formou, portanto, o seu próprio grupo, ficando com a Cabelte (cabos elétricos e telecomunicações) e a Cabelauto (cabos para automóveis), tendo, mais tarde, sido pioneiro na introdução do gás originário em Portugal, diversificando, ainda, os seus negócios para as telecomunicações no exterior. Morreu em janeiro de 2001.


O grupo Nélson Quintas viria mais tarde a ser também claro de uma cisão, com a superfície dos cabos a passar para Tiago Neiva de Oliveira, sobrinho de Jorge Quintas, fruto do fundador do grupo e que ainda hoje lidera e mantém o nome do grupo.


Por sua vez, o grupo Cabelte, que entrou em graves dificuldades financeiras, passou a ser controlado, nos últimos anos, por um fundo da “private equity” Oxy Capital.


Já os restantes irmãos do falecido Nélson Quintas mantiveram-se unidos, ficando, entre outros ativos, com a fábrica-mãe (a de cordoaria), a Solidal (condutores elétricos) e a Tegopi (que viria a reorientar para a produção de torres eólicas).


O negócio dos sistemas de amarração viria a ser vendido em 2007 a um grupo luso-holandês, enquanto a Tegopi foi adquirida em processo de insolvência pela vimaranense Pinto Brasil.


Investimento de 50 milhões na expansão da fábrica de Esposende


Já a Solidal, criada em 1970 e onde tinha entrado em 1987, tendo comprado a totalidade do capital em 1994, foi vendida em 2019 a um fundo da “private equity” internacional Njord Partners, que em junho do ano pretérito vendeu a empresa de Esposende à gigante dinamarquesa NKT, numa operação avaliada, em termos de “enterprise value”, em 192 milhões de euros.


Um ano depois, e posteriormente ter mudado de possessor várias vezes ao longo dos seus 55 anos de vida, a Solidal adota agora o nome da sua novidade dona


“A NKT, líder global em soluções de cabos de robustez, anuncia o ‘rebranding’ da Solidal para NKT. Levante é o próximo passo na integração bem-sucedida da fábrica de cabos de robustez de média e subida tensão em Esposende”, revela o grupo dinamarquês, em enviado.


“Em junho de 2024, a NKT adquiriu a Solidal para atender aos fortes investimentos na rede elétrica e aos projetos de robustez renovável em toda a Europa. Desde portanto, a integração tem progredido conforme o planeado e colocar o site sob a marca NKT é um passo originário em direção a uma abordagem global unificada”, explica.


O rebranding apoiará uma estratégia de mercado consistente, fortalecendo a NKT na Espanha, Portugal, Irlanda, Reino Uno e França. Ao unificar sob uma marca global, a NKT estará mais muito posicionada para fornecer soluções completas aos clientes de forma que continuem a renovar e fortalecer a rede elétrica envelhecida da Europa.


“À medida que a eletrificação da sociedade continua a aumentar, a rede elétrica envelhecida da Europa precisa de uma renovação séria. De pacto com a AIE, o investimento nas redes precisa duplicar até 2030 para suportar as modernizações necessárias”, pelo que “fortalecer a presença e as ofertas da NKT sob uma marca em toda a Europa, enquanto também investe para aumentar a capacidade em vários sites, desempenhará um papel mediano no fornecimento dos cabos de robustez de média e subida tensão necessários para modernizar e conectar a rede elétrica da Europa”, afirma Carlos Fernandez, vice-presidente executivo da NKT.


Em traço com a estratégia de incremento da empresa, a NKT reafirma que está a investir 50 milhões de euros para expandir a capacidade de média e subida tensão da unidade portuguesa.


“Estou orgulhoso da equipa sítio em Esposende pela sua dedicação e compromisso desde que a compra foi anunciada no ano pretérito. O nosso porvir conjunto apresenta-se resplandecente, agora sob a marca unificada da NKT. Acreditamos que agora estamos mais fortes para atender às necessidades dos nossos clientes e continuar a crescer o negócio”, enfatiza Dinis Pinto, vice presidente de operações no mercado ibérico, citado no mesmo enviado.


A fábrica da NKT em Esposende tem uma superfície de 70 milénio metros quadrados, emprega 430 pessoas e fatura muro de 150 milhões de euros.


Fundada em 1891, a dinamarquesa KNT está cotada na bolsa Nasdaq de Copenhaga, tem seis milénio trabalhadores e fechou o último tirocínio com receitas de 3,3 milénio milhões de euros.

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