Sebastião Chapepa critica liderança de Ossufo Momade na Renamo e apela a mudanças

Sebastião Chapepa, um dos primeiros rostos da guerra social que dividiu Moçambique, rompeu o silêncio e teceu duras críticas à moderno liderança da Renamo, afirmando que a organização se desviou dos seus objectivos fundacionais. 
Chapepa, que é sabido pelo nome de guerra Janota Luís, defende que Ossufo Momade não deve fazer secção do horizonte político do partido.
Em declarações recentes, Chapepa recordou os primeiros passos da Renamo, quando, juntamente com André Matsangaíssa, participou no primeiro ataque formal da organização em 3 de Fevereiro de 1977. “Nós éramos cinco jovens. Chegamos a Moçambique e os meus colegas começaram a temer, eu é que era o comandante deles. Mandei revir os três e ficamos nós dois”, recorda.
Depois a emboscada inicial, Chapepa foi conquistado e levado para um sítio de fuzilamento, onde conseguiu evadir, reflectindo sobre a sua experiência durante a luta armada. “Quando eu fui conquistado, disseram que estavam fartos de mim e que não tinham outro meio que não fosse fuzilar. Disseram que estive com eles durante a luta armada. Eu disse que estava muito. Deus ajudou-me e estou cá hoje”, contou.
O general expressou a sua preocupação com a direcção que a Renamo tomou ao longo dos anos, afirmando que a organização “perdeu o rumo e parou no tempo”. Ele criticou a cobiça de pessoas que, segundo ele, não compreendem a verdadeira núcleo da Renamo. “Está aí o general Corola, que furou-se o pé com a revólver dele para não satisfazer a missão, mas hoje é Encarregado de Estado-Maior cá em Manica”, lamentou.
Chapepa apela ao Juízo Pátrio da Renamo para que se reúna e agende um congresso, de modo a escolher um novo líder para a organização. Afirmando que Ossufo Momade deve ser retirado da liderança, destacou: “Não pode continuar no partido. Uma vez que líder, deve ser oferecido um outro função, menos de liderança na frente. O que ele faz de inexacto é estar silente, não se movimenta. Recebe o quantia e fica aí a fazer viva viva em Maputo.”

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