
Ásia acompanha Wall Street em alta mesmo com farpas de Trump à China. Kospi cai com a Samsung – Mercados num minuto
Ásia acompanha Wall Street em alta mesmo com “farpas” de Trump à China. Kospi cai com a Samsung
As bolsas asiáticas acompanharam o fecho de Wall Street e terminaram maioritariamente em alta, com o mercado animado pelos últimos desenvolvimentos na questão das tarifas, ao mesmo tempo que reage aos resultados trimestrais das empresas e espera pelas contas das “big tech” norte-americanas Microsoft e Meta, hoje divulgadas.
O Presidente dos EUA assinou esta terça-feira um decreto que alivia as tarifas impostas ao setor automóvel, determinando que não sejam cumulativas com outras taxas, como as sobre o aço e alumínio. Além disso, reduziu os encargos sobre as peças importadas utilizadas para fabricar veículos na América, naquilo a que chamou de “ajuda” aos parceiros no dia em que comemorou 100 dias do seu segundo mandato.
Mas Trump não se esqueceu da China. O republicano disse que o país merecia as pesadas tarifas que impôs às suas exportações e antecipou que Pequim poderia encontrar uma forma de reduzir o impacto nos consumidores norte-americanos.
Na China, um indicador da atividade fabril registou o recuo mais profundo desde dezembro de 2023, revelando os primeiros danos causados à segunda maior economia do mundo pela guerra comercial com os EUA. Após este relatório, o yuan caiu, estendendo o primeiro declínio mensal deste ano.
O Shanghai Composite acabou por ceder 0,1% e o Hang Seng de Hong Kong conseguiu terminar com ganhos de 0,2%. No Japão, o Nikkei, que já recuperou todas as perdas desde que Trump revelou as tarifas recíprocas no “Dia da Libertação”, subiu 0,53% e o Topix acelerou 0,5%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,7%, afetado pela queda das ações da Samsung.
O negócio de “chips” da tecnológica sul-coreana registou uma queda de cerca de 40% nos lucros, depois de os controlos de exportação dos EUA terem afetado as vendas dos semicondutores.
Por cá, os futuros da Europa apontam para uma abertura sem grandes alterações face ao último fecho, com os investidores a analisarem a “earnings season” europeia e norte-americana. O resultado líquido do UBS superou as estimativas, assim como a Societe Generale. No automóvel, a Mercedes-Benz reviu em baixa as perspetivas para este ano devido à incerteza decorrente da guerra comercial. Já os lucros da Volkswagen caíram 40%.
O foco estará ainda na robustez da economia europeia, com os dados do PIB do primeiro trimestre na Zona Euro, em França, na Alemanha e em Itália a serem esta quarta-feira divulgados.