
Parque Nacional de Zinave Atinge Recorde Com Receitas de 25 Mil Dólares em 2024 • Diário Económico
O Parque Nacional de Zinave, localizado na província de Inhambane, Sul de Moçambique, arrecadou cerca de 25 mil dólares (1,4 milhão de meticais) em receitas durante o ano de 2024, atingindo o valor mais elevado desde o início da sua recuperação ecológica, em 2016.
“Foi uma receita na ordem de 1,4 milhão de meticais, o melhor de todos desde 2016”, afirmou o administrador do parque, António Abacar, salientando os frutos do trabalho de restauração do sistema ecológico em curso.
O aumento das receitas resultou do registo de, pelo menos, 1200 visitas ao longo do ano, um reflexo do sucesso das iniciativas de reintrodução de espécies e melhoria das condições naturais, após anos de degradação ambiental causados por factores climáticos e conflitos armados.
O Parque Nacional de Zinave é actualmente o único em Moçambique que alberga os chamados ‘Big Five’ – elefante, rinoceronte, leão, búfalo e leopardo –, um factor de grande atracção turística. Para além destes, podem ainda ser observados crocodilos, girafas, porcos-bravos, cabritos-do-mato, hipopótamos, impalas, cudos, inhalas, oribis, changos, pivas, bois-cavalo e zebras.
Com uma extensão de 408 mil hectares, o parque possui uma significativa riqueza vegetal, incluindo mais de 200 espécies arbóreas e cerca de 200 espécies de gramíneas, o que o torna num importante santuário de biodiversidade em território moçambicano.
Requalificado após os efeitos devastadores da guerra civil que assolou o País durante 16 anos, o Zinave representa hoje um símbolo de esperança para a conservação ambiental e desenvolvimento do ecoturismo em Moçambique.
De acordo com dados oficiais, o País conta actualmente com 12 parques nacionais e áreas protegidas, que acolhem aproximadamente 5500 espécies de flora e 4271 espécies de fauna terrestre. Para António Abacar, os resultados de 2024 constituem um marco importante e demonstram o potencial do parque enquanto fonte sustentável de rendimento e mecanismo de valorização do património natural moçambicano.
Fonte: Lusa