Venâncio Mondlane Garante “Trégua de Três Meses” e “Governo Alternativo” • Diário Económico

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O ex-candidato presidencial, Venâncio Mondlane, garantiu que as manifestações gerais serão suspensas por um período de três meses em todo o País, clarificando que está a preparar um Governo alternativo, para proporcionar melhores condições de vida aos moçambicanos.

Em entrevista a CNN Portugal, Mondlane explicou que “as manifestações nas ruas com cartazes e os bloqueios das estradas estarão suspensos por três meses. O cumprimento das medidas é que irá determinar o reinício dos protestos.”

Mondlane recordou que às 15h00 (horário moçambicano) de sexta-feira, 17 de Janeiro, vai proferir uma comunicação à nação, na qual pretende anunciar as medidas governamentais para os próximos 100 dias, adiantando que haverá “Governo alternativo ou sombra”, e que as portagens continuam a ser gratuitas por mais 90 dias.

“Irei fazer uma comunicação com medidas que são para o benefício do povo. A ideia é ser um Governo alternativo e sombra. Será algo inédito. Para dizer a verdade, não estamos a inventar a roda, já vimos esta situação em Portugal em que tivemos um Governo-sombra. Estudei o processo e olhámos para a experiência portuguesa”, descreveu.

Possível reconciliação nacional proposta por Daniel Chapo

Na sua intervenção, Mondlane deixou claro que está aberto ao diálogo, desde que o mesmo seja objectivo e aberto a mediadores internacionais, sublinhando que Portugal desempenha um papel importante nesse processo.

“Em relação à questão da reconciliação feita pelo candidato indicado pelo Conselho Constitucional, Daniel Chapo, tenho a dizer que estou de acordo e 100% disponível para a colocar em prática”, argumentou.

Cancelamento do encontro com Paulo Rangel

Recentemente, Mondlane acusou o ministro dos Negócios Estrangeiros português de parcialidade e de “manipular” a opinião pública ao dizer que acompanha o processo pós-eleitoral em Moçambique.

Questionado pelos jornalistas sobre estas declarações, Paulo Rangel desvalorizou, olhando para as mesmas “com um grande fair play. Eu compreendo que neste contexto as pessoas expressem as suas opiniões livremente e, portanto, o objectivo de Portugal, como eu disse desde o início, é uma postura e uma atitude muito construtivas para facilitar o diálogo, para criar a disponibilidade para ajudar, se isso for querido e necessário”, justificou.

Paulo Rangel insistiu que neste processo, marcado por manifestações e tensões pós-eleitorais que já provocaram mais de 300 mortos e 600 baleados desde 21 de Outubro, é necessário “diálogo a partir deste momento.”

O diplomata português mostrou abertura para um debate com Venâncio Mondlane, mas tal encontro não aconteceu devido as questões de segurança. “Tive indícios de risco na minha segurança pessoal. Como deve saber, estou circundado de veículos militares e forças de inteligência que nos aconselharam que não havia garantias”, explicou o político moçambicano à CNN Portugal.

Mondlane frisou ainda: “Não temos problemas com o Governo português, até porque Portugal é muito para além de um ministro, da opinião de alguém e da sua mensagem.”

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