Detida Responsável Pelas Finanças de Venâncio Mondlane • Diário Económico

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A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve a responsável pelas finanças do ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane. De acordo com uma fonte familiar citada pela Lusa, Glória Monteiro Nobre Chire foi detida por volta das 12h00 desta quarta-feira, 12 de Março, na sua residência em Maputo, sublinhado que o motivo ainda é desconhecido.

“Estava com ela quando tudo aconteceu, foi um contingente policial jamais visto. Nós não sabemos qual é a motivação desta detenção. Mas já estamos aliviados porque pelo menos hoje conseguimos falar com ela, após 48 horas. Foi horrível”, explicou Aline Nobre Chire, uma das filhas, à porta da 8.ª esquadra da PRM.

Glória Monteiro Nobre Chire, 59 anos, é uma contabilista na reforma. A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem instaurados processos contra Mondlane, acusando o político, sobretudo, de incitação à violência nas manifestações pós-eleitorais que marcaram o País nos últimos meses.

Na terça-feira,11 de Março, Venâncio Mondlane foi ouvido na PGR sobre um dos oito processos em que é visado. “No encontro, foi-me feita uma saraivada de perguntas que têm que ver com a promoção das manifestações, a incitação à violência, os prejuízos à economia. Respondi a essas perguntas sem saber exactamente de que crime sou acusado.”

No mesmo dia, a PGR aplicou a medida de termo de identidade e residência a Mondlane. “Foi-me aplicada uma medida sancionatória e de limitação. Isto significa que eu não me posso deslocar sem avisar a PGR, não posso ficar por mais de cinco dias fora da minha casa.”

Perante esta situação, o político sublinhou que as medidas aplicadas não o impedem de continuar a exercer política e que, nos próximos dias, vai apresentar o partido que está a fundar. “Vou continuar a fazer a minha actividade política normal. A única questão é que todos os movimentos para além dos cinco dias têm de ser comunicados.”

Em Novembro passado, o Ministério Público exigiu uma indemnização de 1,6 milhão de dólares (105,4 milhões de meticais) pelos prejuízos causados durante as manifestações gerais na província de Maputo.

Num documento, foi explicado que esta acção foi apresentada junto do Tribunal Judicial da província de Maputo, requerendo a indemnização pela destruição e vandalização de bens de utilidade pública, naquela parte do País, salientando que os maiores prejuízos foram registados nas instalações da fronteira de Ressano Garcia.

As manifestações provocaram uma agitação generalizada, resultando em mais de 300 mortes, de acordo com organizações de direitos humanos.

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