Moçambique Recebe Investimento Privado de 110 M$ Para Central Solar no Sul do País • Diário Económico
a d v e r t i s e m e n t
Moçambique vai receber um novo impulso no sector das energias renováveis com a instalação de uma central solar na província de Gaza, no Sul do País. O projecto representa um investimento privado de cerca de 110 milhões de dólares (7 mil milhões de meticais) e será desenvolvido pela empresa Sal Energia, em parceria com a estatal Electricidade de Moçambique (EDM).
De acordo com o estudo de impacto ambiental da central solar de Chibuto, a infra-estrutura terá uma capacidade instalada de 95 megawatts (MW) e ocupará uma área de 211 hectares no posto administrativo de Chibuto Sede. O plano inclui ainda a construção de uma linha de transmissão de 275 quilovolts (KV) com cerca de 10 quilómetros de extensão, interligando a central solar à subestação local.
A Sal Energia será responsável pelo desenvolvimento, financiamento e construção da central e da infra-estrutura associada, reforçando a capacidade da rede eléctrica nacional e contribuindo para a expansão do acesso à energia no País.
A produção de electricidade através de parques solares em Moçambique tem registado um crescimento significativo, tendo aumentado 18,6% em 2024. No entanto, a energia solar ainda representa menos de 1% do total da electricidade gerada no País, com a matriz energética dominada pelas fontes hidroeléctricas, responsáveis por 83,8% da produção nacional.
O Governo prevê ampliar a capacidade de geração solar para 1000 MW até 2030, através da instalação de novas centrais em diferentes regiões do País. A Estratégia de Transição Energética (ETS) destaca que a aceleração desses projectos será fundamental para equilibrar a procura interna e as oportunidades de exportação de energia verde.
Actualmente, Moçambique conta com projectos solares que totalizam 125 MW de capacidade instalada, dos quais 80 MW já estão ligados à rede eléctrica. A longo prazo, o País ambiciona alcançar pelo menos 7,5 gigawatts (GW) de energia solar fotovoltaica e 2,5 GW de energia eólica até 2050.
Para garantir preços competitivos e atrair mais investimentos, o Governo aposta no Programa de Leilões de Energias Renováveis, que visa dinamizar o sector e replicar o sucesso da África do Sul, onde a adopção desse modelo acelerou a expansão das energias limpas.
Fonte: Lusa
