África do Sul promete presidência do G20 a apoiar desenvolvimento do sul

O Presidente sul-africano disse hoje que o país vai usar a presidência rotativa do G20 para impulsionar o desenvolvimento do continente africano e do sul global.

“Será a primeira vez que um país africano presidirá ao G20”, sublinhou Cyril Ramaphosa no lançamento oficial da presidência da África do Sul do G20 (grupo de países desenvolvidos e emergentes).

A África do Sul substituiu no domingo o Brasil na presidência do bloco, que se prolonga até 31 de Novembro de 2025 sob o tema “Solidariedade, igualdade e sustentabilidade”.

Ramaphosa sublinhou que o seu país assume a liderança do grupo “numa altura em que o mundo enfrenta sérios desafios”.

“A crise das alterações climáticas está a agravar-se. Em todo o mundo, milhares de milhões de pessoas são afectadas pelo subdesenvolvimento, desigualdade, pobreza, fome e desemprego”, afirmou.

O Presidente sul-africano admitiu, também, que “as perspectivas de crescimento económico global continuam a ser fracas e muitas economias estão sobrecarregadas com níveis insustentáveis de dívida”.

Entre os desafios, citou também a “instabilidade geopolítica, os conflitos e as guerras”, que “estão a causar mais dificuldades e sofrimento” numa altura de “grandes mudanças tecnológicas, que apresentam tanto oportunidades como riscos”.

Embora estes desafios sejam comuns, afirmou, as suas causas e consequências “estão distribuídas de forma desigual pelos países”.

“A África do Sul trabalhará em conjunto com os membros do G20 e criará parcerias em toda a sociedade para aproveitar a vontade e as capacidades globais para enfrentar estes desafios.

“Todos nós procuramos um crescimento económico mais rápido e mais inclusivo. Todos procuramos um mundo mais justo e mais igualitário e um mundo em que a pobreza e a fome sejam erradicadas. Todos procuramos evitar os piores efeitos das alterações climáticas e preservar o nosso planeta para as gerações futuras”, acrescentou.

A presidência sul-africana culminará com a cimeira dos líderes do G20 em Joanesburgo, em Novembro de 2025.

A cimeira, disse Ramaphosa, vai adoptar uma declaração “que reflecte as opiniões colectivas dos países do G20 e as acções comuns que vão tomar para fazer face aos desafios mais importantes que o mundo enfrenta actualmente”.

A África do Sul é o quarto país em desenvolvimento e do chamado sul global a presidir consecutivamente o grupo, depois da Indonésia (2022), Índia (2023) e Brasil (2024).

Após a África do Sul, os Estados Unidos assumem a presidência do G20. (RM-NM)

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