
ONU Disponibiliza 4M$ Para Vítimas do Ciclone Chido no País • Diário Económico
a d v e r t i s e m e n ta d v e r t i s e m e n t
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários disponibilizou 252,8 milhões de meticais (quatro milhões de dólares), para assistência às vítimas do ciclone Chido, em Moçambique.
“O coordenador de ajuda de emergência atribuiu quatro milhões de dólares a Moçambique para apoiar a resposta humanitária”, lê-se num documento do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), de actualização de dados do impacto do ciclone Chido, citado pela Lusa.
O mesmo documento refere que foi enviada uma equipa, liderada pelo Instituto Nacional de Gestão e Redução de Risco de Desastre (INGD), para os distritos afectados pelo ciclone, para fazer o levantamento do número de pessoas afectadas e das principais necessidades da população.
A organização World Vision também já anunciou que vai prestar assistência à 75 mil pessoas afectadas pelo ciclone, no Norte de Moçambique, particularmente crianças, num apoio estimado em 75,8 milhões de meticais (1,2 milhão de dólares).
O ciclone Chido, que desceu de categoria para depressão tropical, já não constitui perigo para o País e poderá desaparecer nesta quarta-feira.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), a previsão é que os próximos dias serão caracterizados por temperaturas altas, um pouco por todo o País. O instituto tinha previsto anteriormente, para esta época chuvosa e ciclónica 2024-2025, a ocorrência de 12 ciclones. Caso as previsões se efectivem, o próximo poderá chamar-se Dikeledi.
Impactos do ciclone
De acordo com a porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Eujin Byun, o ciclone, que atingiu a costa norte do País no domingo através de Cabo Delgado e Nampula, provocando pelo menos 34 mortos, até ao momento, “destruiu casas, desalojou milhares de pessoas e danificou gravemente estradas e vias de comunicação, dificultando os esforços de ajuda em áreas que já acolhem um grande número de deslocados devido ao terrorismo.”
A agência das Nações Unidas assume estar “profundamente preocupada com o impacto nestas comunidades vulneráveis”, estando “a trabalhar em estreita colaboração com o Governo e com os parceiros humanitários para prestar assistência imediata às populações afectadas”.
“Em algumas aldeias, poucas casas permanecem intactas. Anos de conflito, deslocações forçadas e dificuldades económicas deixaram as comunidades da região cada vez mais vulneráveis. Para muitas famílias deslocadas, o ciclone Chido causou novas dificuldades, destruindo o pouco que conseguiram reconstruir”, alertou a porta-voz do ACNUR, garantindo que aquela agência está “a coordenar a prestação de serviços vitais de protecção aos mais vulneráveis”.
“Embora a extensão total dos danos nas zonas rurais permaneça incerta, as avaliações preliminares sugerem que cerca de 190 mil pessoas necessitam urgentemente de assistência humanitária, 33 escolas foram afectadas e quase 10 mil casas foram destruídas”, sublinhou ainda Eujin Byun, citada pela agência Lusa.