Mondlane Coloca a Luta… de Luto Por Quatro Dias Mas Promete Regressar a 23, o Dia da Decisão Final • Diário Económico

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O candidato presidencial Venâncio Mondlane apelou, na noite desta segunda-feira, 16 de Dezembro, para o cumprimento de quatro dias de luto nacional “em homenagem aos que perderam as vidas durante os protestos, as vítimas do ciclone “Chido” e do terrorismo em Cabo Delgado“.

“Esta semana é de luto. Começamos na quinta-feira (19), dia em vamos completar dois meses sem Elvino Dias e Paulo Guambe, até domingo (22). Serão dias sem paralisações e marchas nas vias públicas mas iremos nos vestir de luto. Durante estes dias, a partir das 13h00 até as 13h15 iremos parar com todas as actividades para entoar o hino nacional e orar pela justiça no nosso País”, disse através da sua conta na rede social facebook.

O candidato presidencial apelou aos cidadãos nacionais para que no domingo (22), a partir das 21h00 até 22h00 manifestem tocando apitos e vuvuzelas. “Entretanto, na segunda-feira, dia 23 de Dezembro, todas as actividades no País devem parar para ouvirmos o acórdão do Conselho Constitucional. Desta forma, vamos passar a fase ‘Turbo V8’ para a próxima semana”, elucidou.

Aliás, sobre a referida fase, Venâncio Mondlane disse que caberá à presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro, decretá-la, pois tudo depende daquilo que a responsável irá anunciar. “Caberá ao CC anunciar a verdade eleitoral ou a mentira, e em função disso, saberemos o que fazer de seguida. Se a Lúcia Ribeiro anunciar mentiras para o Povo, estará a colocar o País numa situação caótica”, disse.

O mesmo reiterou que esta é uma oportunidade para “orarmos pela justiça eleitoral e acabar com a mentira. Se não anunciarem a verdade eleitoral, irão condenar o País ao caos”, disse, para depois explicar que no dia 23 “só andam livremente os profissionais de saúde e estes devem estar devidamente identificados. O advogados idem. Deve-se permitir a passagem destes profissionais”.

Venâncio Mondlane disse ainda que durante as manifestações que irão ocorrer a partir do dia 23 de Dezembro até 15 de Janeiro (caso o acórdão do CC não seja a favor da sua vitória), nenhuma portagem deverá fazer cobranças, devendo deixar os automobilistas circularem a vontade.

O anúncio pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), em 24 de Outubro, dos resultados das eleições de dia 9 do mesmo mês, em que atribuiu a vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder desde 1975) na eleição para Presidente da República, com 70,67% dos votos, espoletou protestos populares, convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que têm degenerado em confrontos violentos com a polícia.

Segundo a CNE, Mondlane ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas este não reconhece os resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional.

Texto: Nário Sixpene

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